Renda Variável


Cemig | Resultado 1T23

Captura de Tela 2023-05-16 às 15.50.16

Rafael Winalda

Publicado 08/mai6 min de leitura

Resultados sólidos em Geração e Distribuição

A Cemig divulgou um resultado positivo, principalmente nos seus segmentos de geração e distribuição, com crescimento de 7% a/a no volume de energia vendida e aumento de 3,1% a/a na energia distribuída. O grupo registrou um EBITDA ajustado de R$ 2 bi (+ 8% a/a). Destaques do trimestre foram a continuação das alienações e desinvestimentos com o objetivo de focar em ativos que geram maior valor para os acionistas. Entendemos que a companhia deve continuar a entregar bons resultados ao longo de 2023, lembrando ainda que a revisão tarifária periódica será no dia 28 de maio e deverá incorporar o maior volume de investimentos realizados na distribuidora nos últimos anos. Todavia, mantemos nossa recomendação em Neutra para CMIG4, com preço alvo de R$ 14/ ação para 2023.

Desempenho operacional. A Cemig GT + Holding, apresentou um volume de energia faturada de 9,3 mm de MWh, uma expansão de +7% a/a. A Cemig GT apresentou um EBITDA de R$ 789 mm (-16,5% a/a), variação negativa em função da transferência de contratos de terceiros para a holding com efeito de R$ 243 mm.Quando se adiciona esse montante novamente, o EBITDA foi de R$ 1,032 mm (+9% a/a). O volume de energia distribuído pela Cemig D foi de 11,5 mm de MWh, crescimento de 3,1% a/a, com destaque para avanço de 5% na classe residencial, 3% na industrial e 2% no comércio. A companhia também apresentou uma expansão no número de clientes de 1,8% a/a na base consolidada. A Cemig D apresentou um EBITDA de R$ 741 mm (+13% a/a). Com relação ao segmento de distribuição de gás, a Gasmig apresentou redução de 2,5% em seu volume distribuído no trimestre, devido ao consumo zero das usinas térmicas no 1T23. O EBITDA da Gasmig foi R$ 257 mm (41,2% a/a).

Resultado Consolidado. O EBITDA ajustado da empresa foi de R$ 2,072 bi no 1T23, crescimento de 8% a/a. Os custos e despesas operacionais tiveram crescimento de 8,5% em relação ao 1T22, e os custos PMSO aumentaram 12,3%, principalmente devido a maiores gastos com manutenção preventiva e o aumento da base de ativos.

Alienações, Investimentos e Alavancagem. Durante o trimestre foram anunciadas alienações importantes por parte da companhia como a venda de participação em: (i) Santo Antônio por R$ 55 mm; (ii) UHE Baguari por R$ 393 mm; (iii) UHE Retiro Baixo por R$ 200 mm, além de edital para leilão de 15 PCHs. Os investimentos no 1T23 somaram R$ 750 mm com R$ 637 mm destinados para o segmento de distribuição. A Cemig vem em processo de desalavancagem ao longo dos últimos anos, com o indicador Dívida Líquida/EBITDA passando de 3,2x em 2018 para 0,93x no primeiro trimestre de 2023.


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