Renda Variável


BR Properties| Resultado 3T22

image001

Gustavo Caetano

Publicado 04/nov

Resumo

No 3T22, a BR Properties apresentou um resultado muito afetado pela grande movimentação em seu portfólio. Diante da necessidade ainda pendente de revisão de nossas estimativas e atualização de premissas, mantemos a companhia em revisão de preço.

Época de mudanças

Indicadores operacionais: Com a venda de parte majoritária do portfólio para a gestora Brookfield, a vacância do portfólio da companhia apresentou uma forte queda consolidada, com a física de escritórios caindo de 30% para 7,5% e a de galpões de 2,6% para 2,7%, bem como a vacância financeira média, que caiu para 5,4% no 3T22 vs 25,1% 2T22. Além disso, o aluguel médio/m2/mês das mesmas propriedades apresentou um crescimento de 16,1% vs 7,8% da média entre o IPCA e IGPM em comparação trimestral e um aumento de 3,1% vs -1,4% - mesma média citada acima – no comparativo anual.

Desempenho Financeiro: A receita líquida da companhia alcançou o montante de R$ 84 mm, impactada principalmente pelo total de R$ 22 mm referente a receita bruta de imóveis vendidos e R$ 41 mm de receitas brutas extraordinárias referentes a reembolsos de CAPEX e diferimentos de aluguéis relacionados aos imóveis alienados.

No G&A, a companhia reportou um resultado de R$ 46 mm, sendo afetada principalmente por despesas não recorrentes, como, i) R$ 19,4 mm referentes a provisão de bônus de retenção dos executivos da companhia, ii) R$ 16 mm contabilizados em honorários da administração e iii) R$ 3 mm contabilizados em despesas com pessoal.

Em “outras despesas operacionais”, a BR Properties apresentou um dispêndio não recorrente de R$ 29 mm referente a: i) R$ 9 mm da baixa de custos de transação capitalizados (operações de dívidas), ii) R$6,8 mm referentes aos prêmios de pré- pagamento das dívidas não atreladas aos imóveis vendidos, iii) R$6,1 mm referentes à despesa com assessoria jurídica na transação da venda de portfólio, iv) R$3,3 mm de Capex incorrido nas propriedades vendidas (entre os dias 01 e 22 de julho) e v) R$1,2 mm referentes a baixa de custos de projetos descontinuados e/ou encerrados.

Com isso, o EBITDA ajustado da companhia foi de R$ 40 mm com margem de 47 %. Já nos resultados financeiros, a companhia apresentou um turnaround devido a quitação de suas dívidas e totalizou um resultado positivo de R$ 18 mm. Como resultado, a companhia totalizou resultado líquido ajustado de R$ 50 mm e margem líquida de 30,7%, concomitante a um FFO ajustado de R$ 52 mm.

Tags


Compartilhe essa notícia

Receba nossas análises por e-mail