Dívida Aperta
No 2T22, a BR Properties apresentou em suas despesas gerais e administrativas um valor acima do projetado, totalizando um EBITDA de $ 67 mm (-8% R/E, +20 t/t e 22% a/a) e um resultado líquido mais fraco que o esperado – impactado negativamente pela alta deterioração nos resultados financeiros. Após a venda de parte majoritária do portfólio , colocamos sob revisão os papéis de BRPR3 até incorporarmos as mudanças decorrentes do evento e atualização de premissas.
Indicadores operacionais.
No trimestre, a companhia entregou uma vacância física de 30% para escritórios e 2,6% para galpões concomitantes a uma vacância física financeira de 25,1%, ficando em linha com o reportado no período passado. Além disso, o aluguel médio/m2/mês das mesmas propriedades apresentou um crescimento de 9,8% em relação ao 2T21 e 1,1% em relação ao 1T22, com queda na inadimplência para 0,5%, demonstrando a qualidade de crédito da companhia.
Desempenho Financeiro.
A receita líquida da companhia veio em linha com o esperado, no montante de R$ 98 mm (+18 t/t e 25% a/a), impactada principalmente pelo o início de geração de receita dos 20,0 mil m2 locados em escritos e 62,8 mil m2 do Galpão Centauri no final de ano de 2021.
Na linha das despesas gerais e administrativas, a companhia reportou um volume ligeiramente acima do esperado (+21% R/E), impactada pelo aumento das despesas com vacância. Com isso, o EBITDA ajustado entregue foi de R$ 67 mm (-8% R/E, +20 t/t e 22% a/a) com margem de 69% (-6,5 p.p R/E, +1,3 p.p t/t e 1,3 p.p a/a).
Seguindo para o resultado financeiro, a companhia apresentou uma deterioração acima do esperado, no montando de R$ -63 mm (+23% R/E, +15 t/t e 121% a/a) sendo fortemente afetada pela elevação das taxas de juros. Com isso, a BR Properties reportou um resultado líquido abaixo das expectativas, no total de R$ 2 mm (-86% R/E e -90% a/a) concomitante a um FFO de R$ 2 mm (-81% R/E e -86% a/a).
Por fim, a companha terminou o trimestre com um múltiplo Dívida Líquida/ EBITDA Ajustado de 9,7x e um custo médio da dívida de 15,9%. Vale ressaltar que com a entrada do valor vendido de R$4.147 mm nos dias 20 e 22 julho, a companhia já liquidou o valor de R$2.736 mm referente a i) 7a Emissão de Debêntures, ii) 12a Emissão de Debêntures, iii) 16a Emissão de Debêntures e iv) CCIs lastro dos CRIs – Edifício JK Bloco B, v) 10a Emissão de Debêntures, vi) 14a Emissão de Debêntures, vii) 15a Emissão de Debêntures e viii) 17a Emissão de Debêntures. Com isso, entendemos que a companhia vem conseguindo colocar em pratica a estratégia de desalavancagem proposta.