Renda Variável


Alupar | Resultado 3T22

Captura de Tela 2023-05-16 às 15.50.16

Rafael Winalda

Publicado 10/nov

Novos ativos trazem bons resultados

A Alupar divulgou nesta quarta-feira (09) o seu resultado referente ao 3T22, que vieram fortes, e em linha com nossas expectativas. A companhia registrou uma receita líquida de R$ 757 mm (+6 % a/a e +0%vs. Inter Research) juntamente com um EBITDA de R$ 629 mm (+ 10% a/a e -0,3% vs. Inter Research). Estes aumentos são explicados principalmente pela entrada operacional de duas transmissoras no período (ESTE e TSM) e pelos reajustes tarifários anuais de seus contratos de transmissão. Com seus custos e despesas em linha, dada a alta de juros no CDI e a deflação registrada no período, o melhor desempenho financeiro da companhia corroborou com um lucro líquido de R$ 146 mm (+89% a/a e -10% vs. Inter Research).

Em relação ao preço do ativo, mesmo com pouca margem de upside, mantemos nossa recomendação de Compra para ALUP11, com preço alvo para o final de 2022 de R$ 32/unit.

Receita Líquida. A receita líquida apresentada pela companhia foi de R$ 757 mm (+5,9% a/a e +0,6% vs. Inter Research). Esta variação foi impulsionada principalmente pelas movimentações registradas no portfólio da companhia no período, como a entrada em operação comercial das transmissoras ESTE e TSM, além dos reajustes do novo ciclo de RAP (2022-2023).

Geração. O volume total gerado pela companhia foi de 641 GWh, em linha com o valor apresentado no mesmo período do ano anterior. Entretanto, o segmento de geração apresentou uma queda de 23% em sua receita líquida, que somou um montante de R$ 157 mm, em razão de reduções no valor dos contratos bilaterais inseridos no ambiente de contratação livre. Com um saldo de R$ 26 mm em compras de energia, a parte de geração do grupo reportou um prejuízo de -R$ 11 mm, evolução contra o resultado de -R$ 23 mm do 3T21.

Transmissão. A receita operacional líquida regulatória de transmissão registrou um valor de R$ 607 mm (+22% a/a), em resposta à entrada operacional dos empreendimentos mencionados anteriormente, em conjunto com o reajuste inflacionário do novo ciclo tarifário de seus contratos. O novo ciclo proporcionou um reajuste de 11,73% para os contratos indexados em IPCA, e de 10,72% para aqueles ajustados via IGP-M.

Operacional. Com um desempenho de seus custos operacionais superior em 12% contra o 3T21, e com o aumento de receita, o EBITDA regulatório reportado foi de R$ 629 mm (+10,3% a/a e em linha com as estimativas do Inter Research), seguido por um ganho de 3,3 p.p. em sua margem EBITDA, em 83%. O resultado financeiro da companhia foi negativo em R$ 183 mm, ante os R$ 288 mm negativos do 3T21, em razão de um forte crescimento nas receitas financeiras, dado pelo aumento dos juros no período, seguido por uma redução do IPCA, que apresentou deflação de 1,32% no 3T22. Portanto, o resultado líquido da companhia foi de R$ 146 mm (+87% a/a e -10% vs. Inter Research).

Endividamento. No consolidado, o endividamento líquido da companhia alcançou um valor de R$ 8,4 bi (+8% vs. 3T21). No período, somando em relação a todas as suas subsidiárias, a companhia captou R$ 1,9 bi via emissões de debêntures, que foram destinados tanto a CAPEX como a reforço de caixa de suas controladas. Cerca de 50% de sua dívida está indexada em inflação, enquanto aproximadamente 14% estão em moeda estrangeira, alocada em seus projetos de geração e transmissão no Peru e na Colômbia.

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