Macroeconomia


O Mercado na Semana

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André Valério

Publicado 23/fev2 min de leitura

O Mercado na Semana

A bolsa brasileira encerrou a semana com alta de 0,56%. Já o S&P 500 subiu 1,66% na semana influenciado pelos bons resultados da Nvidia, cujas ações atingiram recorde após crescimento surpreende da receita. A cotação do dólar encerrou em R$4,99 na semana, com alta de 0,24%.

Brasil

No Brasil, a semana foi esvaziada em termos de divulgação econômica, mas destacamos o IBC-Br, o índice antecedente do PIB calculado pelo Banco Central, que surpreendeu positivamente e indica um crescimento de 0,82% da economia brasileira em dezembro. De acordo com o índice, a economia brasileira teria crescido 2,45% em 2023. O resultado vai em linha com os dados de atividade setorial divulgados na semana anterior ao carnaval e sugere um desempenho positivo para o quarto trimestre da economia brasileira. Além disso, destacamos também o desempenho da arrecadação federal em janeiro, que ultrapassou R$280 bilhões, valor recorde para um mês de janeiro. Tal resultado reflete medidas arrecadatórias por parte do governo, mas também sugere uma atividade econômica robusta em janeiro.

Internacional

Nos Estados Unidos, o destaque foi a divulgação da ata da última reunião do FOMC, que não apresentou muitas novidades, deixando claro que os cortes não são iminentes. De modo geral, o comitê se mantém cauteloso e se mostram mais preocupados com o risco de cortar cedo demais e a inflação reacelerar. Preocupação que faz sentido, tendo em vista os últimos dados da economia americana. Os novos pedidos de seguro-desemprego divulgados essa semana vieram abaixo do esperado, indicando um mercado de trabalho ainda bastante saudável. Além disso, a venda de casas existentes superou as expectativas, indicando a retomada de um setor altamente cíclico. Finalmente, na China, o banco central chinês surpreendeu o mercado e cortou a taxa de referência de 5 anos na maior intensidade desde 2019. Essa taxa é particularmente importante para os financiamentos imobiliários, entretanto, deve ser mais uma medida ineficaz, uma vez que a China passa por algo muito próximo a uma recessão de balanço, na qual o foco dos agentes é desalavancar, pagando suas dívidas. Então, reduzir os juros no intuito dos chineses tomarem mais empréstimos não deverá funcionar nesse caso. Os chineses não compram imóveis porque os custos de financiamento são elevados, mas sim pelo receio das construtoras quebrarem e dos imóveis desvalorizarem, erodindo suas riquezas.

Próxima semana

As atenções estarão voltadas para a divulgação do PIB brasileiro de 2023, na sexta-feira, com a consolidação do resultado do 4º trimestre. Além disso, teremos as divulgações do IPCA-15, do IGP-M de fevereiro e PNAD de janeiro. No âmbito internacional, os destaques serão a divulgação do PIB americano de 2023 e do indicador de inflação PCE de janeiro.


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