Ibovespa registra alta de 1,49% na semana e real valoriza 1,65%. Bom desempenho foi influenciado pela eliminação da incerteza acerca do teto da dívida americana e pelo forte desempenho do PIB brasileiro no primeiro trimestre.

PIB do primeiro trimestre surpreende positivamente. Com crescimento de 1,9% frente ao quarto trimestre de 2022, cresceu à uma taxa anualizada de 3,3%. Boa parte da surpresa foi devido ao forte desempenho do agronegócio, que cresceu 21,6% no trimestre. Confira nossa análise.

Produção industrial recua 0,6% em abril. Após desempenho positivo em março, indústria voltou a contrair, refletindo o mau desempenho da indústria automotiva, cuja produção de veículos recuou 4,6%.

Taxa de desemprego recua para 8,5% no trimestre findo em abril. Entretanto, observou-se queda na população ocupada e menor taxa de participação, indicativo de que o mercado de trabalho está desacelerando, apesar de manter desempenho robusto. Outro indicador nesse sentido são os dados do Caged, que registram criação de 180 mil empregos formais na economia brasileira em abril, 6,7% menor que a criação de março.

Crédito dá continuidade à sua tendência de deterioração. Todas as métricas relevantes apresentaram desaceleração. Destaque para o crédito direcionado da PJ e no financiamento imobiliário para pessoas físicas, que recuaram 30% e 25% no mês, respectivamente, indo na contramão das medidas anunciadas pelo governo federal. Confira nossa análise.

IGP-M recua 1,84% em maio. Resultado é fruto da queda nos preços das commodities, principalmente minério de ferro e soja, que recuaram 13,26% e 9,40%, respectivamente. Com isso, o índice ao produtor amplo (IPA), caiu 2,72% em maio. No acumulado em 12 meses, o índice registra queda de 4,47%, o menor valor da série histórica iniciada em 1989. Isso pode ter impacto relevante sobre o setor elétrico.

Governo apresentou superávit consolidado de R$20,3 bilhões em abril. Resultado confirma tendência de queda nas receitas e elevação nas despesas. No acumulado em 12 meses, o resultado primário ficou em 0,6% do PIB. Na nossa estimativa, o governo deve encerrar 2023 com um déficit de 0,9% do PIB. Confira nossa análise. Confira nossa análise.

Governo e congresso americano chegam a acordo sobre o teto da dívida. O acordo implica em uma suspensão do teto pelos próximos 2 anos, o que permite ao Tesouro americano a voltar a emitir dívida para cumprir com suas obrigações. De todo modo, o episódio deverá ter consequência negativa para a economia americana no segundo semestre, com a política fiscal se tornando restritiva. Confira nossa análise.

Economia americana adicionou 339 mil empregos em maio. Resultado foi muito acima da expectativa, que era a adição de 180 mil empregos. Apesar do resultado, a taxa de desemprego aumentou 0,3 ponto percentual, maior variação em um mês desde o início da pandemia. Resultado misto deixa o cenário ainda mais confuso para o Fed. Confira nossa análise.