Taxa de desocupação ficou em 6,4% em setembro
A taxa de desocupação recuou para 6,4% no trimestre móvel findo em setembro, considerando o ajuste sazonal, a menor taxa de toda a série histórica da PNAD Contínua. A taxa composta de subutilização reduziu para 15,7% e a taxa de participação segue em lenta recuperação, em 62,4%. A população ocupada segue batendo recorde, chegando a 103 milhões de pessoas e a população desocupada reduziu para 7 milhões.
O emprego formal atingiu novo recorde e o informal ficou estável, indicando uma melhora qualitativa em geral na dinâmica do mercado de trabalho. São 63,1 milhões de trabalhadores com empregos formais, sendo 40,4 milhões do setor privado e 12,8 milhões do setor público, novos recordes da série histórica. Os outros 9,9 milhões fazem parte do grupo de empregadores e trabalhadores por conta própria com CNPJ. A taxa de informalidade permaneceu estável em 38,8%.
Massa salarial e rendimento médio ficam estáveis no trimestre.A massa de rendimento real habitual chegou a R$327,7 bilhões, alta anual de 7,2%, e a massa real efetiva cresce 7,7% no ano. O rendimento médio real também mostrou acomodação no trimestre e cresce a uma taxa anual de 3,7% para a renda habitual e 4,1% para a renda efetiva. A inflação mais alta acaba reduzindo o ganho real dos salários, que não apontam pressão marginal por reajustes maiores.
Emprego formal adiciona 247 mil novas vagas em setembro
Os dados do Caged vieram acima do esperado e com uma revisão do dado de agosto de 232 para 239 mil vagas. O resultado no mês superou em 43,1 mil vagas o de setembro de 2023. O saldo no 3º trimestre foi de 678 mil vagas e no acumulado no ano está próximo de 2 milhões de vagas. A geração de emprego formal nos serviços e na indústria tem surpreendido positivamente e contribuído para o crescimento da economia.
O salário médio real de admissão manteve alta anual de 1,8%. De acordo com os dados do Salariômetroda Fipe, o reajuste nominal mediano dos salários segue ancorada em 5%, resultando em um ajuste real mediano de 1,3% (INCC de 3,7% em setembro). Em agosto havíamos observado uma redução dos reajustes de salário acima do INPC, mas em setembro essa proporção aumentou para 90,2%, a segunda mais alta do ano, e a prévia de outubro indica 92,6% de reajustes acima do INPC.