Dólar fecha semana em R$5,43, marcado por notícias do fiscal, Copom e RTI
O dólar fechou a última sexta-feira em R$5,43, acumulando baixa de 1,39% ao longo da semana. No acumulado de setembro, o dólar acumulou queda de 3,27%, apesar de apreciar 10,51% no acumulado do ano.
A semana começou com alta moderada na segunda-feira, ainda repercutindo o relatório fiscal bimestral de sexta e preocupações associadas à dominância fiscal, que se acalmaram ao longo da sessão após o ministro Fernando Haddad indicar que o Brasil deve ter upgrade no rating de crédito ano que vem após se reunir com agências de risco.
A pressão de baixa no dólar continuou ao longo da semana com boas notícias do lado doméstico, tanto na divulgação do IPCA-15 abaixo do esperado quanto na divulgação da ata do Copom e do Relatório Trimestral de Inflação do Banco Central. Ambos reforçaram um posicionamento mais hawkish do que o esperado pelo mercado, e reforça um ciclo de aperto maior e mais duradouro, ampliando a expectativa do diferencial de juros entre o Brasil e o resto do mundo, e que já tem surtido efeito com um volume maior de compras de NTN-F por parte de estrangeiros na quarta-feira.
Apesar disso, o cenário externo foi misto nessa semana, marcado por movimentações no DXY que contribuíram para um fechamento de alta no câmbio de quarta, e baixa no câmbio de quinta. Por conta das boas notícias no cenário doméstico, o real finalizou a última semana de setembro como uma das melhores moedas emergentes.
Expectativas de mercado
Com as boas notícias de política monetária e fiscal, houve um aumento de percepção de estabilidade por parte dos investidores estrangeiros que contribuiu para uma redução dos prêmios no trecho de longo prazo da curva de juros, além de um volume mais forte de compra financeira de dólares.
Ao mesmo tempo, houve redução da volatilidade esperada para o câmbio em todos os prazos até um ano, sendo os horizontes mais curtos mais beneficiados, como resultado da materialização dos anúncios de política econômica e fiscal.