Macroeconomia


Câmbio | 16.Set.24

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Gustavo Menezes

Publicado 16/set1 min de leitura

Dólar fecha semana em R$5,56, marcado por flight to safety, fiscal e pré-FOMC

O dólar fechou a última sexta-feira em R$5,56, acumulando baixa de 0,71% ao longo da semana. No acumulado de setembro, o dólar acumulou queda de 0,95%, apesar de apreciar 13,16% no acumulado do ano. A semana começou sem eventos relevantes na segunda-feira, mas com um movimento de flight-to-safety na terça-feira, uma situação marcada por aumento de aversão ao risco por investidores globais em meio ao cenário macroeconômico incerto que antecede a reunião do Fed na Super-Quarta da semana que vem. Nesse cenário, vimos moedas tradicionalmente mais seguras (dólar, iene e franco suíço) apreciando frente à moedas de emergentes, além da apreciação de títulos do Tesouro americano e de metais preciosos, particularmente o ouro, que acumula ganhos expressivos desde março.

Essa situação foi revertida parcialmente na quinta-feira, com o dólar devolvendo apenas parte da alta de terça por conta de temores associados à política fiscal do governo, em sequência aos debates acerca da reoneração da folha de pagamento.

Por fim, a semana encerrou com queda expressiva no dólar durante o pregão de sexta, após divulgação de reportagem no WSJ sugerir que ainda há debate quanto ao tamanho apropriado do corte de juros que se espera do FOMC, com a probabilidade de um corte de 50p.b. aumentando e quase empatando com a visão alternativa de 25p.b., conforme dados da CME.

Expectativas de mercado

O cenário de elevada volatilidade no curto prazo persiste, tendo tido discreta melhora desde o último relatório. Apesar da curva indicar que o cenário permanece incerto ao longo dos próximos meses, esperamos que as decisões de política monetária na Super-Quarta ofereçam mais clareza ao mercado acerca do direcionamento do diferencial de juros ao longo dos próximos meses, enquanto as eleições americanas continuam exercendo impacto significante na percepção do mercado, conforme a perturbação no vértice de dois meses.

Adicionalmente, notamos compras financeiras líquidas de dólar notavelmente mais fracas no início de setembro, que podem ter contribuído para as condições levemente mais estressadas no mercado de câmbio, conforme mensuradas pela elevação recente no bid-ask spread.


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