Macroeconomia


Câmbio | 02.Set.24

gustavo

Gustavo Menezes

Publicado 02/set1 min de leitura

Dólar fecha semana em R$5,61, marcado por incertezas no Banco Central

O dólar fechou a última sexta-feira em R$5,61, acumulando forte alta de 2,18% ao longo da semana. No acumulado de agosto, o dólar acumulou queda de 2,43%, apesar do aumento de 14,02% no acumulado do ano. O resultado dessa semana foi motivado por incertezas na comunicação e ações do Banco Central. Apesar da já esperada indicação de Galípolo para comandar o BC em 2025, ainda há a incerteza da indicação das 3 diretorias do Copom. Além disso, falas de Campos Neto foram lidas como uma tentativa de dosar as apostas de alta de 50 p.b na Selic. Finalmente, o BC realizou leilões na sexta-feira que contribuíram para aumentar a incerteza. O primeiro leilão foi realizado sob a justificativa de atender ao fluxo de saída de dólares causado pelo rebalanceamento do índice MSCI Brazil. Mas houve um segundo leilão, no final do dia, que foi lido como uma tentativa de influenciar na formação da PTAX, devido ao seu horário. Com isso, observou-se um aumento no prêmio de risco na ponta longa da curva de juros.

Expectativas de mercado

Percebemos um aumento de estresse nas curvas de juro e volatilidade implícita, além da cotação implícita sinalizar expectativas levemente mais agressivas de depreciação futura, uma vez que houve um aumento nas percepções de volatilidade para todos os prazos futuros, apesar dos vértices mais longos terem tido pouca abertura. Ao mesmo tempo, a curva de juros prefixados teve uma abertura bem forte em todos os vértices, especialmente os mais longos, se equiparando ao que vimos no fechamento do último mês. Porém, a inclinação da curva de cotação implícita está maior do que no fechamento do mês passado. Assim, observa-se um aumento nas expectativas de inflação futura, justificando um patamar mais depreciado do câmbio enquanto tais percepções perdurarem.


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