Em novembro, transações correntes teve déficit de US$1,6 bilhão
Resultado foi pior que o esperado, um déficit de US$400 milhões. Na comparação anual, acumulado até novembro, o déficit se reduziu em cerca de US$20 bilhões, devido ao desempenho superior na balança comercial, dada a redução das importações no período. Em novembro, a balança comercial de bens apresentou superávit de US$6,7 bilhões, 1,56% do PIB, ante saldo de US$4,7 bilhões em novembro de 2022.
Em geral, o Brasil tem demonstrado força em sua balança comercial, com superávits elevados. Segundo dados da OECD, o Brasil se manteve nos últimos anos como um dos dez países com o maior saldo comercial, com exceção de 2019.
Em relação à conta de serviços, totalizou-se no mês de novembro déficit de US$3,6 bilhões, um aumento de 38% em comparação com o ano de 2022. As despesas líquidas com aluguel de equipamentos e serviços de telecomunicação, computação e informações foram responsáveis pelo aumento do déficit, apresentando crescimento de 41,5% e 344% respectivamente.
Investimentos Diretos no País compensam resultado das transações correntes
Em novembro, o IDP apresentou um acréscimo de 2,85% em relação ao mesmo período do ano anterior, registrando ingressos líquidos de US$7,8 bilhões frente a US$7,6 bilhões em novembro de 2022. Uma surpresa positiva, dado que o valor esperado era de US$3,90 bilhões. O montante total de US$57,7 bilhões em 12 meses representa uma queda de 25,3% em relação a novembro de 2022, que havia registrado US$77,1 bilhões.
Além disso, os investimentos em carteira no mercado doméstico apresentaram um aumento de 13,3% em relação ao mês anterior, totalizando ingressos líquidos de US$2,4 bilhões em novembro de 2023, sendo US$1,6 bilhão em ações e fundos de investimento e US$833 milhões em títulos de dívida.
Importações de pequeno valor
As importações de pequeno valor tiveram uma queda de 39,35% na comparação interanual do mês de novembro (de US$1,57bi para US$0,95bi) e de 19,30% no acumulado anual (de US$11,52bi para US$9,30bi), dando continuidade à tendência de queda iniciada em fevereiro de 2023, em virtude do programa Remessa Conforme do governo federal, que elevou o controle aduaneiro sobre as compras de grandes varejistas online.