Transações correntes registra superávit de US$286 milhões no mês de março
Resultado surpreendeu as expectativas, que esperavam déficit de US$ 2,1 bilhões. No acumulado dos últimos doze meses, o déficit recuou para US$ 52,3 bilhões. O resultado foi impulsionado pelo desempenho robusto da balança comercial, com superávit de US$3,3 bilhões no mês, e pela redução do déficit da balança de serviços, que caiu para US$2,8 bilhões. Por outro lado, remessas de lucros enviadas ao exterior e viagens destacam-se na ponta deficitária.
Investimento Direto no País (IDP) cresce para US$89,7 bilhões em 12 meses
No mês, IDP somou US$7,7 bilhões, abaixo das expectativas de US$9,9 bilhões. Destacamos o ingresso líquido de US$ 1,2 bilhão em operações intercompanhia, que representa um crescimento de quase 90% em relação a marco de 2022. O ingresso em participações no capital se manteve estável e foi de 6,4 bilhões. A perspectiva mais otimista em relação ao cenário externo, além da adoção de um discurso mais ESG pelo Governo Federal, seguem contribuindo para manter o apetite do investidor estrangeiro às oportunidades oferecidas pelo Brasil.
Importações de pequeno valor
As importações seguem sendo pressionadas pelo componente preço, refletindo a perspectiva mais desafiadora da demanda global e a normalização das cadeias de suprimento.
Por outro lado, o segmento de importações de pequeno valor se torna cada vez mais relevante na balança comercial divulgada pelo Banco Central. O ganho de relevância foi ampliado pela pandemia do Covid-19, e hoje, o segmento que é dominado por empresas asiáticas, se beneficia da isenção de impostos em compras até US$ 50. Contudo, as incertezas quanto a tributação dessas mercadorias nas últimas semanas, somada a uma fiscalização mais intensa por parte da Receita Federal, podem pressionar os resultados nos próximos meses.