Déficit em transações correntes subiu para US$ 3,5 bilhões em maio
Resultado veio abaixo da expectativa do mercado, de déficit de US$ 1,9 bilhões e abaixo do resultado no mesmo mês em 2021. No acumulado de 12 meses, o déficit aumentou de US$ 26,8 bilhões para US$ 32,9 bilhões, alcançando o equivalente a 1,9% do PIB. Apesar da deterioração até maio, expectativa é de resultados mais positivos nos próximos meses, devido à balança comercial e déficit próximo de US$20 bilhões no ano.
Superávit da balança comercial em maio foi 54% menor na comparação anual
Mas tanto exportações (+13,8%) como importações (39,8%) cresceram de forma significativa devido à variação nos preços. O aumento mais expressivo das importações pode ser justificado, em parte, pelas reduções das barreiras tarifárias implementadas pelo governo e pelo crescimento da demanda interna.
Puxado pela agropecuária, os resultados divulgados pelo ministério da economia em junho e julho mostram melhora na balança comercial. Diante dos recordes de produção brasileira das safras de inverno, e problemas climáticos e geopolíticos em outras nações produtoras, a participação brasileira tem ganhado cada vez mais relevância no comércio internacional. No médio prazo, a performance da balança deve continuar condicionada ao ciclo de commodities, que tende a se arrefecer nos próximos meses com a menor demanda global, mas permanece em patamar favorável para a manutenção de superávits comerciais.
Deterioração da balança de serviços reflete o aumento de despesas com viagens
O déficit na conta de serviços subiu para US$ 2,4 bilhões em maio. Apesar da variação expressiva de 45%, o resultado indica normalização da conta serviços ao patamar pré- pandemia. Despesas com viagens, no entanto, ainda estão aquém da média de 2019, de US$ 1,47 bilhões.
Investimento Direto no País (IDP) subiu para US$ 4,5 bilhões
Resultado foi acima da expectativa e soma US$60 bilhões em 12 meses, ou 3,5% do PIB, maior valor desde julho de 2020. O ingresso em participação de capital totalizou US$ 6,2 bilhões, e reforça cenário favorável para o investimento de longo prazo no país.
Investimento em carteira teve saída de US$ 3,9 bilhões.
O resultado é explicado principalmente pela saída de US$ 3,2 bilhões em ações e fundos de investimento, em linha com o cenário de maior aversão ao risco por parte do investidor estrangeiro frente à alta de juros nos EUA.