Transações correntes teve déficit de US$843 milhões em junho
Resultado foi abaixo da expectativa de mercado, que projetava um déficit no valor de US$ 100 milhões. No acumulado dos últimos doze meses, o déficit registrado foi de US$ 50,0 bilhões, 2,50% do PIB. Destacamos a performance negativa da renda primária, a qual registrou déficit de US$2,8 bilhões no mês, mas foi parcialmente compensada pelo superávit comercial de US$1,3 bilhão e recuo de US$0,7 bilhão no déficit em serviços.
Investimento Direto no País (IDP) recua para US$80,0 bilhões em 12 meses
No mês, IDP teve ingresso líquido de US$1,9 bilhão, também abaixo das expectativas, que apontavam cerca de US$6,3 bilhões. Este saldo corresponde ao ingresso de US$3,7 bilhões em participação de capital deduzidos de saídas líquidas de US$1,8 bilhão em operações intercompanhia. Em relação a junho de 2022, houve um recuo de 64% da participação no capital e elevação de 57% nas operações intercompanhia. Enfatizamos a queda nos 6 primeiros meses de 27% do investimento direto no país em relação ao mesmo período do ano passado.
Mantemos a perspectiva otimista acerca do cenário externo, uma vez que os investimentos em carteira no mercado doméstico mantêm tendência de crescimento. Além disso, houve elevação da classificação dos ratings do Brasil pela Fitch Ratings. Em junho a S&P já havia elevado a perspectiva de crédito do Brasil para positiva, mostrando que a percepção do investidor internacional acerca da economia brasileira tem melhorado.
Importações de pequeno valor
O crescimento estrutural das importações de baixo valor se manteve para o mês de junho. Simultaneamente à resolução acerca do debate da isenção de imposto sobre importações de até US$50, observou-se um crescimento nos meses de maio e junho das importações, como sugere o gráfico abaixo. O Ministério da Fazenda publicou que deixará de cobrar imposto de importação para essas compras, caso as empresas integrem o programa da Receita e recolham tributos estaduais.