Destaques
- O PIB do 3º trimestre cresceu em linha com nossa estimativa de 0,9% e ficou 4,0% acima do mesmo período no ano anterior.
- Pelo lado da oferta, o destaque foi o crescimento de TI (+2,1%) e serviços às famílias (+1,7%), enquanto a construção recuou 1,7%, refletindo o maior aperto monetário.
- Pelo lado da demanda, o consumo das famílias manteve crescimento robusto de 1,5% no trimestre, ainda puxado pelo impulso fiscal e pelo bom desempenho do mercado de trabalho.
- Outro destaque positivo foi a alta de 2,6% do investimento, com a maior produção e importação de bens de capital e desenvolvimento de software.
- O IBGE revisou o PIB de 2023 de 2,9% para 3,2% e, nesse cenário, o limite de aumento real do salário-mínimo se torna ainda mais relevante para não resulta nova expansão fiscal nos próximos 2 anos.
Perspectivas
- Mantemos nossa estimativa de crescimento do PIB em 3,2% para o ano de 2024, desacelerando para 1,9% para 2025.
- O crescimento mais acelerado em 2024, apesar da surpresa positiva do investimento, ainda é fortemente impulsionado pela expansão fiscal, o que vem mantendo a inflação acima da meta.
- Nesse contexto de economia aquecida e taxa de desemprego na mínima histórica, o pacote de medidas fiscais anunciado foi bastante tímido, tanto para o ajuste fiscal como para desaquecer a demanda e contribuir para desacelerar a inflação.
- A queda na taxa de poupança ainda é um ponto de atenção para o crescimento sustentável do investimento.
- O crescimento maior da economia e a nova pressão inflacionária resultante da recente depreciação cambial devem manter o Copom em alerta e esperamos nova alta de 75 p.b. na taxa Selic na reunião de dezembro.
PIB no 3º trimestre de 2024
O crescimento do PIB desacelerou no 3º trimestre mas ainda foi robusto em 0,9%. Com isso, o crescimento acumulado em 12 meses está em 3,1% a.a., taxa semelhante a que esperamos para o ano de 2024.
Desempenho Setorial – 3T24
Pelo lado da oferta, os destaques foram os setores de TI e outros serviços às famílias, que segue elevado em 5% a.a. no acumulado de 12 meses devido à maior demanda das famílias. O destaque negativo foi a desaceleração da construção, indicando primeiros sinais do maior aperto monetário.
O PIB pela ótica da demanda
Pelo lado da demanda, o destaque no 3º trimestre foi a FBCF com alta de 2,6%. puxada pela produção e importação de bens de capital e desenvolvimento de software.
Taxas de Investimento e Poupança
A taxa de poupança teve nova queda no trimestre, alcançando 14,9%. O crescimento mais acelerado do consumo das famílias significou mais um trimestre de despoupança.