Destaques do PIB no 2º trimestre
- O PIB teve novo crescimento expressivo de 1,2% no 2º trimestre em relação ao 1o, e 3,2% em relação ao mesmo período do ano anterior.
- Os setores de serviços mantiveram a forte expansão observada no começo do ano, em parte ainda efeito da reabertura, mas também mostrando um dinamismo maior ligado ao mercado de trabalho, o que já reflete efeitos positivos de reformas de flexibilização como a trabalhista.
- O investimento foi um dos destaques no trimestre, com crescimento 4,8%, puxado principalmente pela construção e demanda de infraestrutura. Os novos marcos regulatórios, concessões e privatizações vem permitindo a retomada dos investimento privados no Brasil.
- O agronegócio foi o destaque negativo com nova queda de 0,5% no trimestre, ainda impactado por fatores climáticos do começo do ano.
- O resultado do PIB do 2º trimestre veio acompanhado de uma revisão positiva do trimestre anterior e revisamos nossa expectativa de crescimento para o ano de 2,3% para 2,6%.
Desempenho do PIB no 2º trimestre de 2022
O PIB cresceu 1,2% no 2º trimestre na comparação com o 1º trimestre de 2022 e 3,2% na comparação com o mesmo período no ano anterior. O PIB está hoje 0,3% abaixo do maior nível alcançado no 1º trimestre de 2014.
Desempenho setorial no 2o trimestre
No 2º trimestre de 2022, o destaque foi o desempenho dos setores de serviços presenciais e transportes, mas ressaltamos também o crescimento da construção, que segue recuperando apesar dos juros maiores.
O PIB pela ótica da demanda
O investimento teve crescimento surpreendente de 4,8% no trimestre, mas o consumo também foi bastante robusto em 2,6%, com a contribuição de estímulos como antecipação de 13º e liberação de FGTS.
Potencial de Crescimento do PIB
Apesar do forte desempenho nesse começo de 2022, o nível atual do PIB ainda está abaixo da tendência de alta do período pré pandemia e, com isso, ainda há potencial para recuperação à frente.
Taxas de Investimento e Poupança
A taxa de investimento subiu para 18,7% no 2º trimestre, patamar superior à média dos últimos 5 anos. Os novos marcos regulatórios, concessões e privatizações vem permitindo novo avanço do investimento privado no Brasil.
Perspectivas
- O crescimento maior da atividade nesse 1º semestre resultou também em melhora no mercado de trabalho, o que deve sustentar o patamar do consumo na segunda metade do ano, apontando alta de 2,6% para o ano 2022.
- O ciclo de investimento deve continuar, apesar dos juros elevados, estimulado pelos novos projetos atrelados às concessões e privatizações recentes. O crescimento do mercado de capitais vem permitindo amplo financiamento privado para a expansão da infraestrutura no Brasil. Estimamos que o PIB potencial possa estar mais próximo de 2% a 2,5%, acima do anteriormente observado em 1,5%
- Para 2023, o cenário externo com condições financeiras mais restritas e expectativa de desaceleração da demanda global deve reduzir o ritmo de crescimento da economia brasileira.
- As incertezas para 2023 também incluem os planos do novo governo com relação à consolidação fiscal e impacto da política monetária mais restritiva.
- A continuidade do ajuste fiscal e a queda esperada da inflação pode permitir a redução dos juros a partir do 2º trimestre de 2023, beneficiando o crescimento da economia no próximo ano.