Taxa de desocupação cai para 10,5% em abril
Resultado foi bem melhor que a expectativa do mercado, que apontava para uma taxa de 10,9%. Esse é o menor nível de desemprego desde fevereiro de 2016. Na comparação com trimestre móvel anterior, a queda do desemprego foi de 0,7 p.p., principalmente devido ao aumento da população ocupada de 1,1 milhão de pessoas. O contingente de pessoas ocupadas é recorde da série desde 2012 em 96,5 milhões. Em 12 meses o crescimento foi de 9,0 milhões no número de pessoas empregadas (+10,3%). Assim, o nível de ocupação subiu para 55,8%, uma alta de 0,5 p.p. no trimestre, no entanto, esse resultado ainda está 0,7 p.p. abaixo do registrado antes da pandemia de 56,5%.
Exceto pela agricultura, todas as atividades registraram crescimento no número de ocupados. Destaque para o setor de serviços, que, com a retomada da mobilidade e demanda aquecida, manteve o acelerado ritmo de contratações observado nos últimos meses. Transportes, (+3,1), administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde e serviços sociais (+1,5%) e outros serviços (+4,8%) foram os grupos que mais contribuíram para queda do desemprego no último trimestre.
Apesar de desaceleração da geração de empregos na margem, na comparação interanual a quantidade de empregados na indústria e na construção cresceu 9,4% e 14,6% respectivamente, o que corrobora a resiliência desses setores frente ao ciclo de alta de juros e pode contribuir para que a atividade econômica continue surpreendendo positivamente.
Após quedas consecutivas, o rendimento médio real habitual se manteve estável no trimestre. Esse resultado sustenta a reversão da tendência de queda observada desde julho de 2020 e mostra que os reajustes salarias voltaram a ser suficientes para compensar o efeito da alta inflação medida pelo IPCA, que acumulou 3,73% no trimestre findo em abril. Com isso, a massa salarial voltou a apresentar crescimento na margem, 1,3% no trimestre e pode contribuir para a melhora na demanda das famílias nos próximos meses.