Concessões de crédito somam R$ 541 bilhões em julho e crescem 24% no acumulado do ano
O saldo de crédito no sistema financeiro aumentou em 1,6% no mês e 16,8% em 12 meses. Apesar da Selic mais elevada, os novos empréstimos mantem patamar historicamente elevado. No mês de julho, as concessões de crédito livre para pessoa física tiveram queda de 0,7%, mas no acumulado do ano o crescimento ainda é robusto em 24%. Para as empresas, o mês de julho foi de elevação nas concessões em 2,4% e a alta no ano acumula 26%. Também no crédito livre, a inadimplência nos segmento empresas segue estável no baixo patamar de 1,8%, mas para as famílias a tendencia de alta continua e já chega em 5,6%, maior patamar desde 2020.
Crédito livre às famílias
A concessão de crédito livre às famílias teve queda no mês, 0,7%, mas segue em alta de 24% na comparação com o mesmo mês do ano passado. O cartão de crédito é a modalidade com maior crescimento, indicando a recuperação do consumo. O consignado ainda está em queda em relação ao ano passado, concessões no ano estão 6% menores, o que acaba resultando na maior demanda pelo crédito rotativo, que tem alta de 33%, e explica o aumento da inadimplência das pessoas físicas.
No crédito direcionado, o financiamento imobiliário teve queda de 3% no mês e ficou 15% abaixo do patamar de agosto de 2021. No acumulado do ano, a concessão ainda é robusta, foram R$120 bilhões para o financiamento de novas aquisições de imóveis pelas famílias, mas a queda é de 2% em relação a 2021. A elevação das taxas, que chegaram a 10,5% em agosto, maior patamar desde 2017, vem reduzindo a demanda da modalidade.
Crédito às empresas
O desconto de duplicatas e recebíveis, continua em alta e acumula +29% no ano. Já a antecipação de faturas recuou em agosto, mas também acumula ganho de 16% no ano estabilidade em termos reais, enquanto o capital de giro voltou a subir 6% no mês e também é destaque com crescimento anual de 34%.
Diferentemente da tendencia observada entre as famílias, a inadimplência no crédito livre para pessoa jurídica segue baixa e em agosto ficou estável em 1,8%.
No âmbito do mercado de capitais, dados da Anbima apontam para a maior captação de debêntures da série histórica. De janeiro a agosto, houve emissão equivalente a R$ 180 bilhões, crescimento de 31% na comparação interanual.