O saldo de crédito ampliado ao setor não financeiro avançou 1,4% em agosto frente a julho e 15% quando comparado a agosto de 2023, mantendo tendência de aceleração no acumulado dos últimos 12 meses entre as PFs (11,5%), enquanto as PJs retomaram crescimento nessa margem, acumulando alta de 8%, ante alta de 5,1% em julho.

As concessões de crédito avançaram 1% em agosto frente a julho com dado ajustado sazonalmente, somando R$623,5 bilhões, acumulando alta de 12% nos últimos 12 meses, mantendo tendência de aceleração nessa métrica pelo sétimo mês consecutivo. No mês, o resultado das concessões refletiu o avanço de 1,3% entre as PJs e o recuo de 0,5% entre as PFs, ambas ajustadas sazonalmente.

As concessões de crédito livre avançaram 1,2% no mês na série com ajuste sazonal, refletindo a alta de 0,3% na concessão entre as PFs e o recuo de 2,4% entre as PJs. A concessão de crédito livre entre as PFs se mantém robusta, alcançando alta de 12,7% nos últimos 12 meses, sétimo mês consecutivo de aceleração nessa métrica. Entre as PFsdestacamos o avanço mensal de 0,71% no crédito consignado, com ajuste sazonal, mantendo trajetória de aceleração no acumulado em 12 meses, que acumula alta 14,2%. Além disso, aquisição de veículos mantém crescimento robusto, acumulando alta de 34,2% nos últimos 12 meses, 14ª alta consecutiva nessa métrica. Na ponta negativa, destacamos o cartão de crédito, cujo saldo recuou 0,25% na série com ajuste sazonal, indicando menor apetite à risco por parte dos bancos à medida que a inadimplência do produto avança, com a do crédito rotativo aumentando 0,5 ponto percentual (p.p) e a do crédito parcelado aumentando 0,3 p.p. Entre as PJs os destaques são as linhas de desconto de duplicatas, antecipação de faturas de cartão, conta garantida e capital de giro, todas acelerando no acumulado dos últimos 12 meses, o que sugere maior necessidade de financiamento de curto prazo das firmas.

As concessões de crédito direcionado recuaram 1,7% em agosto, na série com ajuste sazonal, quinto recuo consecutivo nessa métrica, refletindo o recuo de 1,9% no crédito direcionado entre as PFs, na série deflacionada com ajuste sazonal, enquanto PJ avançou 4,54%. Entre as PFsdestacamos o avanço de 2,5% na concessão de financiamento imobiliário, na série com ajuste sazonal, mantendo tendência robusta de crescimento, acumulando alta de 20,2% nos últimos 12 meses, quinto mês consecutivo de aceleração nessa métrica. Entre as PJsdestacamos o avanço mensal de 36,6% na concessão de crédito rural na série com ajuste sazonal, patamar similar ao observado no crédito do BNDES, que avançou no mês 36,2%.

Inadimplência ficou estável em agosto pelo terceiro mês consecutivo, mantendo-se em 3,2%. A estabilidade também foi vista na inadimplência do crédito livre, que ficou em 4,4%, enquanto observou-se aumento marginal na inadimplência de crédito direcionado, de 1,4% para 1,5%. Tanto as PFs quanto as PJstiveram alta marginal na inadimplência, de 0,1 ponto percentual. Entre as PFs, destacamos a alta de 0,5 p.p na inadimplência de crédito rotativo, alcançando 55,3%, o maior valor da série histórica e 5,9 p.pacima do observado em agosto de 2023. O endividamento total das famílias aumentou na margem em agosto, alcançando 47,9%, assim como o comprometimento da renda, que alcançou 26,6%.

Taxas de juros recuaram 0,1 p.p. em agosto, recuando pelo terceiro mês consecutivo, refletindo recuo de 0,2 p.pentre as PFs e avanço de 0,1 p.pentre as PJs. Entre as PFs, destacamos a queda de 3,8 p.p nas taxas de crédito pessoal não consignado e de 5,3 p.p nas taxas de cartão de crédito rotativo. Por outro lado, a taxa do cartão crédito parcelado aumentou 4 p.p.