O câmbio encerrou a última sexta-feira em R$5,73 representando uma queda de 0,35% na semana, com redução de 2,55% em março e baixa de 7,28% no acumulado do ano.

O dólar começou a semana em queda significativa por conta do cenário externo, repercutindo as incertezas macroeconômicas americanas em meio a uma rotação em curso de alguns investidores para ativos fora dos EUA.

Este tom se manteve na quarta-feira com a decisão de juros do Fed pela tarde, que foi considerava dovish pelo mercado: apesar da decisão de manter os juros inalterados, as revisões de cenário efetuadas pelos membros do FOMC sinalizam viés de baixa para o crescimento econômico e de alta para a inflação, reacendendo temores de estagflação para a maior economia do mundo em meio a uma inflação que insiste em ficar próxima, porém não convergente a meta.

A decisão do Copom no mesmo dia, porém fora do horário de mercado, balizou 100p.b. de alta na Selic e pincelou espaço para algum aperto adicional, num comunicado relativamente hawkish e que ajudou a segurar a cotação da moeda brasileira enquanto o dólar se fortaleceu globalmente na sessão de quinta feira.

Por fim, todavia, a decisão do Copom não foi o suficiente para evitar a depreciação do real na sexta-feira, com a intensificação na apreciação global do dólar que foi causada após preocupações renovadas sobre o impacto econômico das tarifas do presidente Trump, numa sessão marcada por má-performance de emergentes e commodities no geral.