Dólar fecha em R$5,51 com Super-Quarta e conflito Irã-Israel
O câmbio encerrou a última sexta-feira em R$5,51, com queda de 0,54% na semana e acumulando baixa de 2,81% no mês, além de redução de 10,36% no ano.

A semana começou com o dólar atingindo a menor cotação do ano na segunda-feira, em patamares próximos aos que foram vistos em junho do ano passado, repercutindo melhor percepção de risco com novas informações acerca do conflito entre Irã e Israel e dados mais fracos de atividade americana, que propiciaram continuação da tendência de desvalorização global do dólar desde o início do ano, com o DXY atingindo o patamar mais fraco em mais de três anos.

Após os volumes mais fracos de terça, notamos maior volatilidade no câmbio de quarta-feira com reações do mercado frente à decisão de juros do Fed, que veio sem surpresas mas sinalizou uma trajetória de juros levemente maior do que a vista anteriormente, incorporando as expectativas do FOMC por uma economia mais fraca e com maior inflação haja vista o impacto das tarifas.
Para encerrar a Super-Quarta, o Copom anunciou nova alta de 25p.b. na Selic após o fechamento do mercado numa decisão mais dura do que esperada mas sem causar muita surpresa, gerando pouca movimentação no câmbio de quinta-feira frente a uma decisão marginal que muito provavelmente marca o fim do ciclo de aperto monetário iniciado em setembro de 2024; agora, as atenções deverão se voltar ao guidance da autoridade monetária sobre a duração da restrição que poderá então influenciar a cotação do dólar nas próximas reuniões.

No encerramento da semana, novas tensões no Oriente Médio reacenderam o sentimento de aversão a risco dos investidores globais, que contribuíram para o maior movimento de alta do dólar na semana que, mesmo assim, não eliminou a tendência de baixa estabelecida na segunda-feira.