Dólar fecha em R$5,54 com fiscal, dados, pré-Copom e conflito Irã-Israel
O câmbio encerrou a última sexta-feira em R$5,54, com queda de 0,29% na semana e acumulando baixa de 2,29% no mês, além de redução de 9,88% no ano.

A semana iniciou com frustração de expectativas no mercado perante o anúncio das medidas de recalibração do IOF que haviam sido anunciadas pelo Ministro da Fazenda antes do fechamento anterior. Apesar de boas notícias como o IOF mitigado sobre o risco sacado e a busca por menos distorções nos investimentos isentos, o anúncio foi novamente marcado por ausência do tópico de corte de gastos, num ajuste pautado em aumento de arrecadação que continua a frustrar as expectativas de resolução do desequilíbrio fiscal atual.
O movimento foi mais favorável ao real no restante da semana, marcado pela divulgação do IPCA na terça-feira que foi benigno e abaixo do esperado pelo mercado, apesar de permanecer incompatível com a meta de inflação atual, encorajando o Banco Central a manter a Selic inalterada no próximo Copom enquanto espera o trabalho gradual das defasagens da política monetária. Logo no dia seguinte, sinais de alívio também se manifestaram no câmbio com indícios de um acordo comercial entre os EUA e China, que de todo modo ainda não está confirmado e segue sujeito à volatilidade de política comercial que tem dominado a pauta americana desde o início do ano.

Por fim, o estouro do conflito iraniano-israelense gerou breve turbulência no câmbio brasileiro, com depreciação do real no início do dia através de um movimento de aversão a risco internacional. Porém, o ruído foi passageiro e todo o movimento de alta foi anulado dentro da mesma sessão , evidenciando impactos pouco significantes para o Brasil que, no limite, podem até ser positivos visto que o país apresenta superávit comercial significativo em petroderivados e pode se beneficiar com um preço mais alto do barril de petróleo.
