Balança comercial tem superávit de US$11,4 bilhões em maio
Resultado surpreendeu positivamente as expectativas, de US$9,7 bilhões. A manutenção dos níveis de exportações, somada a redução nos níveis de importação fez com que o saldo se mantivesse em patamar elevado. No acumulado do ano, o saldo é positivo em US$ 35,3 bilhões.
Exportações
No que diz respeito às exportações, o valor total no mês foi de US$ 33,07 bilhões superando as expectativas de US$ 32 bilhões. Em comparação com o mesmo período de 2022, as exportações apresentaram um crescimento de 11,6% em valor, impulsionado pelo aumento robusto no volume exportado (29,3%), apesar da queda nos preços (-13,7%).
No setor agropecuário, a soja continua em crescimento. Apesar da queda nos preços das commodities agrícolas, o setor agropecuário aumentou sua participação nas exportações brasileiras. O volume exportado cresceu 34,3% em relação ao ano anterior. Mesmo com a pressão sobre os preços internacionais do bushel de soja, essa commodity continua liderando as exportações brasileiras, com um crescimento médio diário de 23% em março em comparação com o mesmo período de 2022.
Na indústria extrativa, mesmo com o petróleo caindo para cerca de US$ 70 dólares, os óleos brutos de petróleo continuam desempenhando um papel importante, com um crescimento de 75% na média diária de exportações no mês. Isso ocorreu durante o último mês do período de arrecadação de impostos sobre exportações. Na indústria de transformação, os farelos de soja e os combustíveis apresentaram um crescimento de 30,7% e 65,1%, respectivamente, no valor exportado, refletindo os fatores mencionados anteriormente.
Importações
Em relação às importações, o valor total no mês foi de US$ 21,7 bilhões, ficando abaixo das expectativas de US$ 22,7 bilhões. Em comparação com maio de 2022, houve uma queda de 12,1% nos níveis de importação, principalmente devido à queda nos preços (-13,1%).
Os combustíveis e fertilizantes continuam apresentando uma tendência de queda nas importações. Na indústria de transformação, destacam-se novamente as importações de óleos combustíveis e fertilizantes, que continuam em baixa devido à normalização das cadeias de produção e do mercado após o impacto da guerra.
Perspectiva
Em termos de perspectiva, embora as exportações se mantenham estáveis e as importações estejam sob pressão, ainda não há uma valorização significativa dos termos de troca. A perspectiva para o superávit comercial ainda é favorável, mas espera-se uma diminuição na contribuição dos óleos brutos de petróleo para o superávit nos próximos meses, com o fim da medida provisória que impunha tributos sobre eles.