Balança comercial registra superávit de US$8,2 bilhões em abril
Resultado veio em linha com as expectativas, de US$8,4 bilhões. A manutenção dos níveis de exportações, somada a redução nos níveis de importação fez com que o saldo se mantivesse em patamar elevado. No acumulado do ano, o saldo é positivo em US$ 24,07 bilhões.
As exportações somaram US$27,4 bilhões no mês. Em relação ao mesmo mês do ano anterior, houve recuo de 5,5% no valor exportado, afetado pela contração de 9,8% no componente preço.
No setor de agropecuária, soja segue crescendo. A média diária de exportações do segmento cresceu 13,7% em relação ao mesmo período de 2022. Reflexo da conjuntura favorável para os grãos, especialmente a soja, que no mês alcançou patamar recorde para a série histórica, e registrou crescimento de 21% na média diária exportada, mesmo com redução do bushel no mercado internacional.
Por outro lado, Indústria extrativa recua 6,6% no mesmo período. Mesmo com crescimento no volume exportado, óleos brutos de petróleo e minério de ferro seguiram pressionados pelo componente preço e recuaram -10,0 e 8,2%, respectivamente, na média diária do mês em relação ao mesmo período de 2022.
As importações somaram US$19,1 bilhões no mês, também em linha com as expectativas. Em relação a abril de 2022, houve pequena variação no valor, refletindo o baixo crescimento de volume, de 2,1% e a queda nos preços de 9,1%.
Indústria extrativa foi destaque no mês. Na Indústria extrativa, houve crescimento de 20,1% no valor importado, refletindo o crescimento de 54,5% no volume. Agropecuária apresentou recuo de 23,5% no valor importado, pressionada pelo componente de volume.
Na indústria de transformação, segmento que representa cerca de 90% das importações brasileiras, destacamos as importações de óleos combustíveis e fertilizantes, que seguem tendencia de baixa refletindo a normalização das cadeias de produção e a normalização desses mercados após o choque provocado pela guerra.
A partir do aumento no nível de exportações, refletindo a conjuntura favorável para petróleo e grãos, e uma conjuntura menos favorável para as importações, tendo em vista a desaceleração da atividade interna e os debates quanto a imposição de taxas a pequenas mercadorias, esperamos uma apreciação nos termos de troca brasileiros nos próximos meses.