Nada como um dia após o outro!
A segunda feira foi marcada pelo selloff generalizado dos mercados. EUA caindo mais do que 3%, bolsas na Ásia também com forte queda, Europa idem. Entretanto, a Ásia já apresentou recuperação parcial nesta terça, com a bolsa japonesa subindo mais do que 10%. Diante disto, mesmo com o mercado bem mais volátil e mais averso a risco, precificando certa probabilidade de recessão nos EUA, o tom deve ser de recuperação nos ativos globais.
Estados Unidos
O S&P 500 encerrou o pregão com queda de 3% nesta segunda-feira, com as big techs sendo o principal destaque negativo, quase US$ 900 bi em perda de valor de mercado. A Nvidia caiu mais de 6%, bem como a Apple, caindo 5%.A narrativa de recessão tem ganhado força, aumentando então a aversão a risco e, por tanto, a volatilidade. Nesta madrugada, o partido democrata formalmente nomeou Kamala Harris como candidata às eleições presidenciais, após processo de votação online. Algumas pesquisas realizadas neste último fim de semana apontaram empate técnico entre a candidata e o Trump, que devem ser os principais candidatos. Para hoje o tom deve ser de neutralidade, com agenda fraca em termos macroeconômicos.
Mundo
Nesta madrugada, a bolsa japonesa apresentou forte recuperação, alta de 10,23%, amenizando sua queda de mais de 12%. A aversão a risco dos investidores com a possível recessão nos EUA, aumento dos juros no Japão, rumores de escalonamento da guerra de Israel e entre outros elevou a volatilidade, o que explica, em parte, tais movimentos. As outras bolsas na Ásia também apresentaram recuperação parcial, o Xangai composto subiu 0,23%, uma vez que por lá foram menos afetados. Já a Europa, amanheceu em solo negativo, onde as principais bolsas caem de forma generalizada, muito em decorrência a dados fracos no varejo. Tal situação demonstra que o mercado tem apregoado mais valor a dados de atividade.
Brasil
Na mesma toada dos mercados globais, o Ibovespa encerrou o pregão desta segunda com queda de 0,46%. Mas vale destacar que diversos papeis caíram mais de 3%. O que suavizou o impacto na bolsa brasileira foram os bancos, com destaque especial para o Bradesco, alta de 7,59%. O Banco apresentou um resultado bem positivo, com lucro acima das expectativas de mercado, em decorrência, principalmente, da queda de sua inadimplência. Já o dólar encerou com pequena elevação, cotado em R$ 5,74, embora tenha flertado com R$ 5,86. O tom de aversão a risco também deve pesar nos ativos locais, contudo, as expectativas se voltam para a divulgação do IPCA de julho, nesta sexta fera.
Abertura
Na abertura, o índice dólar (DXY) apresenta alta moderada de 0,5%, com o dólar ganhando força neste cenário de aversão a risco. As Treasuries americanas também operam com alta moderada, em reflexo da maior volatilidade.
O que esperar
Um tom de neutralidade/recuperação parcial das perdas deve imperar nos mercados hoje. Por um lado, temos a recuperação das bolsas asiáticas, por outro as europeias em solo negativo.