Macroeconomia


Sonar ESG.

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Rafael Winalda

Publicado 22/dez10 min de leitura

Sonar ESG | Início de Cobertura

O tema ESG tem ganhado muito foco no mundo dos investimentos. Transição da matriz energética, mudanças climáticas, cadeia de valor sustentável, consumo de produtos e serviços de forma consciente, diversidade, e impactos sociais, economia circular, entre outros, são esferas que os investidores tem observado cada vez mais. O futuro é verde, cada vez mais limpo e consciente...?

Assim, reafirmando nosso compromisso em prol de uma economia mais sustentável, recentemente, apresentamos aos nossos investidores o primeiro relatório voltado para a temática ESG, no qual, por meio de nossa metodologia, elegemos 15 empresas que receberam o Inter Selo ESG. A ideia é destacar as empresas que possuem equilíbrio nas três esferas, mas revendo nossa sistemática periodicamente contemplando todas companhias avaliadas.

Com este relatório, avançamos no escopo ESG de nossas análises, agora elaborando um parecer com atualizações trimestrais de todas as empresas de nossa cobertura, apresentando os principais pontos e elegendo, em nossa opinião, os destaques do trimestre. O intuito é deixar o leitor ciente dos avanços e/ou retrocessos de cada companhia, confeccionando um “sonar” que captura os destaques desta temática.

A análise foi dividida em um resumo do que foi o resultado operacional da empresa no trimestre, bem como tese de investimentos conforme a visão do analista responsável pela cobertura, e, é claro, os principais avanços ESG, divididos estes em quatro pontos: i) destaque para caso a empresa tenha adentrado em algum índice ESG de relevância; ii) avanços ambientais; iii) avanços sociais e iv) avanços de governança corporativa.

Além disto, abordaremos os principais assuntos que o mercado tem discutido, como a COP27, que foi alvo de intensos debates. Os pontos discutidos ao longo da conferência levam a muitas expectativas de como as economias se comportarão no futuro, interferindo nos investimentos de diversas empresas.

Então, vamos lá!

COP27

A Conferencia das Partes (COP), que é promovida pela ONU, é o encontro anual da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, onde diversos lideres, representantes e/ou nomes influentes quanto ao tema se reúnem em prol de encontrar soluções para problemas que afetam o meio ambiente. A primeira reunião (COP1), foi realizada em 1995, sediada em Berlim, onde desde então passos importantes foram dados, como o Acordo de Paris (COP21), e a criação do mercado de carbono na COP anterior.

Na COP27, destacaram-se alguns assuntos. O primeiro, que em nossa opinião foi o que mais chamou a atenção, foi a criação do fundo Perdas e Danos, cujo objetivo é cobrir perdas e danos provocados pelas mudanças climáticas para países que estão em desenvolvimento. A ideia é aliviar os impactos causados, para que os países mais vulneráveis não sofram “perdas e danos” com a mudança do clima, através da justiça climática.

Outro ponto de grande destaque, muito debatido na COP anterior, mas que não obteve avanço nesta COP, foi o mercado de carbono, mas agora com destaque para o intercambio entre nações, porém as definições e diretrizes ficaram para próxima COP 28, operacionando assim o Artigo 6º do Acordo de Paris (que trata do comércio global de créditos de carbono).

Outro destaque foram as criticas em relação a falta de progresso entre o acordo para limitar o aquecimento global em 1,5 graus célsius no documento final da COP27. Também não houve o estabelecimento de qualquer cronograma para a eliminação dos combustíveis fósseis da matriz energética mundial devido à crise energética advinda com a guerra da Ucrânia, iniciada em fevereiro.

O Brasil, por sua vez, foi representando por Lula e comitiva, onde reforçou a agenda climática que seu governo deve enfatizar, as intenções de desmatamento zero até 2030 e a proposta da COP30 ser sediada na Amazonia. Por fim, o único compromisso real assumido pelo país foi garantir sua participação na chamada “Opep das Florestas”. O grupo reúne também a Indonésia e a República Democrática do Congo, que, juntamente com o Brasil, abrigam pouco mais de 50% das florestas tropicais do planeta. Também governadores de estados da região amazônica lançaram a “Carta da Amazônia”, com compromissos de redução de emissões.

Confira a análise completa em nosso relatório!!

 


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