Pós-eleições e Copa do Mundo refletidos nos resultados do trimestre
Colocando fim a um ano de altos e baixos, marcado pelas políticas monetárias mais restritivas em todo o globo e inflação em patamares históricos, o último trimestre de 2022 deverá refletir o mau-humor que se instaurou no país no pós-eleições com a PEC da Transição e volta do risco fiscal, bem como a menor demanda por conta da sazonalidade natural do trimestre, mas também dos efeitos da Copa do Mundo fora de época. No geral, o top line das empresas deve mostrar um apetite menor por conta das incertezas que se elevaram no trimestre quanto a uma possível manutenção de juros mais elevados por mais tempo em razão de inflação persistente, o que fez com que alguns projetos fossem postergados. Ainda, a capacidade produtiva do país, como de costume, deve mostrar os efeitos limitantes da Copa do Mundo. Na linha de custos, devemos ver números estáveis, com menor pressão momentânea de combustíveis, principalmente, mas despesas de pessoas maiores no trimestre a trimestre, também pelo efeito sazonal de fim de ano. No resultado financeiro, juros mais altos devem elevar despesas financeiras, comprometendo parte das margens líquidas das companhias.
O cenário macroeconômico do 4T não foi fácil para as empresas. No mercado externo, apesar da inflação em tendência de queda, os juros em patamares elevados e ainda crescendo comprometem o crescimento, dando início aos primeiros layoffs, especialmente entre as empresas de crescimento, altamente dependente de financiamento. Soma-se a isso, o fraco trimestre na China, cuja política de tolerância zero no combate à covid impôs severas restrições na atividade econômica. Com isso, a demanda para as exportadoras arrefeceu na margem. Ainda assim, as exportações brasileiras em 2022 foram bastante robustas, crescendo 20% em relação a 2021. Lembramos que, como esperado, o PIB brasileiro do 3T22 desacelerou consideravelmente, crescendo 0,4%. No período, em particular, os setores de serviços tiveram o maior crescimento, liderado por TI, financeiro e serviços presenciais. A construção também teve desempenho acima da média, puxada pelo investimento. No lado negativo, o agronegócio e a indústria apresentaram as menores taxas, seguindo demanda global mais fraca e a taxa de juros em patamar restritivo. Investimento foi destaque mais uma vez, com a taxa de investimento subindo para 19,6%, patamar superior à média dos últimos 5 anos. Aliás, nos últimos 5 anos, o investimento vem crescendo a uma taxa anual de 4,8%, impulsionado pelos novos marcos regulatórios, concessões e privatizações. Para o 4T22, a expectativa é de continuidade da desaceleração. Inclusive, como o resultado do 3T veio abaixo da expectativa, não se descarta a possibilidade de um crescimento negativo. A taxa de juros ainda em patamar muito elevado já mostra efeitos na atividade, com os dados setoriais crescendo na margem em outubro, mas a desaceleração aprofundando em novembro. Além disso, os indicadores de confiança mostraram um aumento do pessimismo ao longo do trimestre, com expectativa de uma demanda menor. Ainda assim, esperamos que a economia brasileira cresça à taxa de 3% no ano de 2022. Por fim, esperamos que a política monetária se mantenha restritiva pelo menos até o fim do primeiro semestre de 2023. A questão fiscal ainda está longe de ser resolvida, e uma melhor avaliação somente poderá ser feita após a proposição de um novo marco fiscal por parte do governo. Até lá, existe a expectativa de uma ampla reforma tributária, que pode contribuir para uma melhora da incerteza fiscal, o que, juntamente com marco fiscal razoável, poderá abrir espaço para o corte de juros.
Bancos
Os resultados no 4T22 podem continuar trazendo a tendência dos trimestres anteriores, que se manteve nos últimos dados de crédito com o principal foco na desaceleração da carteira de crédito e um olhar atento para a inadimplência no segmento de pessoas físicas, que ainda mostra níveis em ritmo de deterioração e acima da média do período pré-pandemia nas linhas sem garantia. Esperamos que os bancos como Bradesco e Santander continuem trazendo um resultado mais fraco já que vimos uma maior inadimplência em seus resultados, além de resultados com tesouraria mais frágeis. Já o Itaú e o Banco do Brasil devem continuar performando melhor, uma vez que contam com melhor qualidade de crédito. Em serviços, esperamos que as receitas com seguros performem bem, aliada ao ambiente de maior taxa de juros beneficiando seus resultados financeiros e sinistralidade normalizada na maioria dos ramos, exceto auto e saúde, mas por outro lado, as receitas com mercados de capitais devem continuar mais fracas com o ambiente desfavorável. Já nas despesas operacionais a inflação deve continuar pressionando, principalmente a conta de despesas com pessoal devido ao reajuste salarial ocorrido em setembro do ano passado. Por fim, destacamos que o Itaú deve continuar apresentando um resultado mais sólido que os pares privados, além do BB que deve continuar apresentando ROE em torno de 20%. (Matheus Amaral, especialista de Bancos e Serviços Financeiros).
Construção
Com base nas prévias operacionais divulgadas, esperamos que as construtoras reportem números mistos no 4T22. Enquanto o volume de lançamentos veio dentro das nossas estimativas, as companhias do segmento registraram desempenho distinto em vendas. Apesar da Eztec ter apresentado números em linha em venda, companhias como Tenda e Cyrela registraram robusta aceleração na velocidade de vendas, ao mesmo tempo que a Direcional mostrou arrefecimento no ritmo de comercializações e ficou aquém do esperado. Diante do desempenho apresentado nas prévias, esperamos que as companhias apresentem um top line distinto no 4T22. Embora tenha-se observado um movimento homogêneo de alívio nos custos de construção, que se mantiveram flat no último trimestre diante do arrefecimento no preço dos insumos, entendemos que este efeito não deve se refletir nos resultados deste exercício. Com exceção da Tenda, que ainda luta por buscar seu nível de rentabilidade histórica, as construtoras devem reportar margens majoritariamente estáveis ante o trimestre anterior e próximas às observadas no backlog. Além disso, esperamos que as companhias divulguem resultado de equivalência patrimonial ligeiramente mais fraco, apesar da baixa pressão projetada nas linhas de despesa SG&A. (Gustavo Caetano, especialista em Construção).
Elétricas
Para as empresas do setor elétrico, o 4T22 deve apresentar resultados mistos. O bom momento da geração hídrica ainda deve perdurar. O período chuvoso que se inicia no final de outubro e início de novembro, foi em linha a média histórica, derivando em um baixo preço de energia no mercado à vista, menor custo de geração e elevação do nível dos reservatórios. Por outro lado, as geradoras eólicas ainda sofrem com eventos climáticos, prejudicando a performance de suas operações. Diante disto, esperamos manutenção de bons resultados das empresas de geração hídrica e resultados mitos para eólicas e solares. As distribuidoras, por sua vez, devem se deparar com desaceleração do consumo de energia, uma vez que a indústria brasileira já apresenta sinais de enfraquecimento. Por outro lado, o segmento de serviços pode acabar sustentando o elevado patamar de consumo de energia, traduzindo em resultados mistos. Diante disto, acreditamos que o destaque do setor deve ser Energias do Brasil, pois embora seja uma distribuidora, atua também em geração e transmissão de energia, sendo mais diversificada. Em segundo plano, Engie pode também ser destaque, surfando o bom momento hídrico. (Rafael Winalda, especialista em Utilities).
Frigoríficos
Para o 4T22, esperamos resultados mistos, com um cenário um pouco mais positivo para demanda doméstica, dados de exportações ainda benéficos no comparativo anual, no entanto, com outlook dos Estados Unidos cada vez mais árduo, o que deve comprometer as margens dos frigoríficos com mais exposição ao país. No Brasil, apesar de demanda permanecer enfraquecida em todo o ano e vermos queda das carcaças no trimestre, com destaque para bovina que contraiu cerca de 3,95% t/t, a união da sazonalidade do 4T com Copa do Mundo, deve favorecer os resultados no período, mas sem grandes contrastes. Os custos no Brasil para proteína também devem arrefecer, após queda de 7,89% da média do trimestre do Indicador do Boi Gordo da Cepea/B3, cotado em R$ 290,75, em congruência com o aumento da oferta e período sazonal com menor demanda externa. Em contrapartida, mesmo com queda do frango congelado no período, os custos para os avicultores e suinocultores se mantiveram elevados, com alta de quase 3% do milho em Campinas, o que trouxe um recuo de apenas 0,4% do custo unitário do frango na região Sul no trimestre, segundo a dados da Embrapa. As exportações, continuaram fortes no comparativo anual, com carne suína surpreendendo, visto que apresentou preços ainda elevados e volume sólido. No caso da bovina, o aumento na oferta trouxe uma contração nos preços no t/t, mas volume e receita se mantiveram em nível positivo no a/a. Nos Estados Unidos, secas e custos para os pecuaristas interferiram novamente na disponibilidade de animais, o que refletiu nos custos para os frigoríficos, dado ao avanço de 8,2% da cotação do animal vivo e queda na produção. Enquanto isso, preços no varejo também recuaram, com queda de mais de 2% do beef cutout, acompanhado de uma contração de 9,3% da cotação agregada do broiler. Desse modo, esperamos um resultado estável para operações no Brasil e América Latina, o que deve beneficiar a Minerva ante a seus players. A BRF se mantém no radar, com desafios operacionais e peso da alavancagem da companhia. Por fim, JBS e Marfrig apresentam um cenário mais complexo, com demanda, oferta e custos nos Estados Unidos mais adversos. (Manuela Granja, especialista em Frigoríficos).
Óleo & Gás
A média do petróleo Brent do 4T22 foi de US$ 88,72, com queda de 12% t/t, mas alta de 11% a/a, enquanto o WTI foi computado em US$ 82,78 (-11% t/t. +7% a/a). O recuo nos preços da commodity refletiu por um lado um cenário mais adverso quanto a demanda global e a desaceleração do consumo nas principais economias desenvolvidas globais, como Europa e Estados Unidos, limitado pelas políticas monetárias restritivas adotadas pelos Bancos Centrais. Em contrapartida, o processo de reabertura na China funcionou como um contraponto nas pressões de preços, com possibilidade de recuperação de demanda, compensando parte das perdas esperadas para o restante do mundo. Do lado da oferta, ainda vemos limitações dos produtores membros da OPEP+, além das restrições ao petróleo russo e efeitos climáticos nos Estados Unidos. Mesmo assim, consideramos os níveis de preços de petróleo ainda elevados, contribuindo positivamente para as empresas de O&G brasileiras. De modo geral, a produção de óleo e gás também tem evoluído, com destaques positivos para 3R e PetroReconcavo, que surpreenderam positivamente com seus números prévios de dezembro. Acreditamos que estes serão os destaques positivos do trimestre. Petrobras, por sua vez, ainda deve permanecer com elevada produção e preços de vendas, apesar de esperamos menor desempenho na comparação com o 3T22, devido a mencionada queda dos preços. (Rafael Winalda, especialista em Óleo e Gás).
Papel & Celulose
Os resultados das empresas de celulose devem trazer números levemente abaixo do observado no 3T22 no segmento de celulose, refletindo parte da sazonalidade do período, mas também um cenário mais adverso de negociações na China, com clientes adotando uma postura mais cautelosa diante do processo de reabertura no país e antes do feriado lunar. O patamar de preços ainda deve se manter elevado na comparação trimestre a trimestre, mas já se observa pressão das papeleiras por conta das incertezas de demanda na ponta e, com isso, já vimos anúncios de descontos de preços para o início de 2023. Os custos vão mostrar os preços ainda altos de commodities, com destaque para químicos e os altos preços da soda cáustica. Já para o segmento de papel e embalagens, a demanda por papel cartão continua sólida, com vendas resilientes no segmento de alimentos e ofertas ainda apertadas. Contudo, para kraftliner e embalagens de papelão ondulado, o 4T22 não foi tão favorável. A rápida deterioração da demanda nos Estados Unidos, afetou em cheio os preços de kraftliner, prejudicando os resultados no trimestre, enquanto no segmento de caixas de P.O., a demanda interna sentiu impacto da Copa do Mundo e das incertezas com cenário macroeconômico mais desafiador. Nesse sentido, esperamos que a Klabin seja o destaque positivo do trimestre, enquanto a Irani deverá trazer números mais prejudicados. (Gabriela Joubert, especialista de Papel e Celulose).
Saúde
A tendência de faturamentos altos acompanhados de gastos também elevados deve se estender para o 4T22. Já a participação das receitas e gastos com Covid-19 nos resultados das companhias deve seguir reduzindo, assim como vimos nos últimos trimestres, se tornando praticamente irrelevantes. Além disso, vale destacar que o resultado financeiro deve continuar pressionando o bottom-line, prejudicando principalmente as empresas mais alavancadas, que tomaram dívida para financiar o crescimento inorgânico de 2021. Neste cenário, esperamos que o segmento farmacêutico, assim como nos últimos resultados, siga como destaque operacional do trimestre. O bom desempenho deve refletir o aumento de vendas de remédios para distúrbios gastrointestinais devido ao aumento do consumo de bebidas alcoólicas nas festas de final de ano e Copa do Mundo. (Breno de Paula, especialista de Saúde).
Seguradoras
O 4T22 deve continuar mostrando tendências positivas nos resultados das seguradas, principalmente nos ramos de cobertura pessoal, danos e rural, que vêm mostrando uma sinistralidade normalizada e apresentando boas margens. Já no segmento automotivo esperamos que o efeito do reajuste de apólices continue mostrando uma tendência de melhora nas margens e no indicador de sinistralidade, apesar das despesas nominais com sinistros ainda se mostrarem elevadas, podendo ser compensadas pelo maior nível de receita reajustada pela precificação adequada ao mercado automotivo inflacionado. Além disso, os resultados financeiros advindo das aplicações financeiras podem continuar apresentando boa performance com a taxa de juros elevada no mercado. Desta forma, estamos com boas expectativas para os resultados da BB Seguridade e da Porto Seguro, já para o IRB Brasil, continuamos observando um resultado pressionado nos dados mensais, que continuam mostrando prejuízo e uma sinistralidade ainda elevada. (Matheus Amaral, especialista de Bancos e Serviços Financeiros).
Shoppings
Apesar das adversidades observadas no trimestre, como eleições, Copa e baixa aderência da Black Friday, as companhias reportaram bons números de venda em suas prévias operacionais. Sendo assim, esperamos i) uma evolução no indicador de vendas em mesmas lojas (SSS) apesar da forte base do 4T21, (ii) evolução real no repasse de aluguéis, iii) estabilidade no custo de ocupação e inadimplência devido a alta performance nas vendas e iv) fluxo já em níveis observado em 2019, puxado pela retomada do segmento de serviços e entretenimento. Vale destacar que, em nossa visão, as companhias Iguatemi e Multiplan devem apresentar maior resiliência em seus resultados devido a alta qualidade do portifólio e publico alvo A e B. (Rafael Quick, especialista em Shoppings).
Siderurgia & Mineração
Os resultados do setor deverão apresentar uma leve melhora no desempenho da Mineração e uma deterioração nos números das siderúrgicas. O processo de reabertura da China beneficiou os preços das commodities metálicas, incluindo o minério de ferro, que saltou de cerca de US$ 100/t no fim de setembro para US$ 118/t em dezembro. Contudo, apesar das expectativas quanto ao processo de reestocagem antes do ano novo lunar chinês, vimos estoques de aço avançarem no período, limitando o aumento da demanda por minério de ferro. Mas, os preços mais elevados e níveis de produção melhores devem contribuir para resultados melhores quando comparados ao trimestre anterior. O custo caixa C1 das empresas deve ter leve alta t/t, com reflexo de maior participação de minério de terceiros, mas também de insumos com preços mais elevados, e o frete deve pesar mais também. Na siderurgia, diferentemente do que vimos no 3T22, os resultados devem ser fortemente impactados pela sazonalidade do período, mas também pela Copa do Mundo e pelo mau-humor que se viu no país no período pós-eleições, com projetos sendo adiados e vendas também. Os preços devem ter leve queda, mas o cenário traz um viés mais positivo, com aumentos de preços anunciados pelos players para o início do ano. Nos custos, devemos ver leve alta, mas sem grandes surpresas. Apesar do 4T complicado, janeiro inicia em tom mais otimista, o que pode derivar em recuperação para o 1T23. No destaque positivo, podemos ter CSN beneficiada pelos resultados da CSN Mineração e de suas operações no exterior. (Gabriela Joubert, especialista de Siderurgia e Mineração).
Transporte & Logística
Para o último trimestre de 2022 esperamos que as companhias de transporte sigam apresentando bons resultados operacionais, entretanto a depreciação e despesa financeira devem continuar impactando o bottom line. Em logística devemos ver bons volumes e expansão de margens, uma vez que o arrefecimento da inflação permite melhor repasse de preços e os novos contratos passam a incorporar cenário de juros mais elevados. Já o Rent-a-Car deve se beneficiar da tradicional sazonalidade de fim de ano, apresentando elevação do número de diárias e ticket médio. Para GTF esperamos que o resiliente crescimento se mantenha, mas deve haver maior foco em empresas de boa qualidade de crédito e desaceleração do carro por assinatura, haja vista a deterioração das condições financeiras. No mercado de Seminovos projetamos continuidade no processo de normalização das margens para os níveis pré-pandemia, a medida em que a produção de veículos é gradualmente retomada e a política monetária retracionista impacta no lado da demanda. Nesse contexto também projetamos manutenção das taxas de depreciação em níveis mais elevados, de modo a considerar as novas expectativas de preço de venda dos ativos imobilizados. (Diego Bellico, especialista em Transporte e Logística).
Varejo & Consumo
Esperamos resultados fracos para o 4T22. No varejo alimentar, apesar da estabilização da inflação de alimentos, os preços ainda seguem altos. A capacidade de repasse das companhias é integral e isso favorece o resultado no top line. Porém, as aberturas de lojas foram impactadas pelo período chuvoso, atrasando o ganho marginal de receita e o efeito diluição das despesas pré-operacionais. O resultado financeiro continua pressionado, mas o lucro líquido e a geração de caixa devem refletir o período de forte sazonalidade. Para o vestuário, o resultado deve vir mais uma vez pressionado. O trimestre foi afetado pelo baixo fluxo de pessoas nos shoppings durante o período de Copa do Mundo e pelo clima mais frio que o habitual. Com isso, esperamos níveis de estoques mais altos e margens mais pressionadas, pelo efeito das remarcações. O resultado financeiro também deve pesar nesse segmento, mas não deve impedir as empresas de apresentarem lucro líquido. Por fim, o ecommerce também sofreu com o baixo fluxo de consumidores em lojas físicas durante a Copa. As baixas conversões na Black Friday e no Natal coroaram o caos perfeito pressionando o GMV e as margens. As linhas de crediário foram controladas, mas devem refletir aumento da inadimplência. O resultado financeiro deve continuar corroendo o resultado operacional, com o bottom line incerto mesmo no período mais favorável do setor. (Breno de Paula, especialista de Varejo e Consumo).