Macroeconomia


O Mercado na Semana

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André Valério

Publicado 26/jul1 min de leitura

O Mercado na Semana

A bolsa brasileira encerrou a semana praticamente estável, com queda de 0,10%, sustentada pela alta da Vale que reportou crescimento de lucro em 210%. O S&P teve desempenho semelhante, caindo0,83% na semana após forte queda com dados abaixo do esperado da Tesla e Alphabet, balanceada com o PCE conforme expectativas. O dólar por sua vez subiu 0,9% refletindo o cenário de risco.

Brasil

Essa semana tivemos o resultado do IPCA-15, que desacelerou em julho para 0,30% mas ficou acima da expectativa de 0,23%, acumulando alta de 4,45% em 12 meses, próximo do teto da meta. Também foi divulgado o resultado da arrecadação federal em junho, reportando receita de R$ 208,8 bilhões. Mesmo com arrecadação recorde no ano, a forte expansão fiscal do governo ainda mantém as contas no vermelho e o cenário de risco fiscal tem refletido na taxa de câmbio. O mercado voltou a temer uma eventual elevação nos juros, mas com a política monetária já em patamar bastante restritivo avaliamos que o Copom mantenha a Selic no atual patamar de 10,5% na reunião da semana que vem. Os dados do setor externo de junho revelaram déficit em transações correntes de US$ 4 bilhões, maior que o esperado pelo mercado, mas com investimento direto surpreendendo positivamente com ingresso líquido de US$ 6,3 bilhões. A grande novidade foi a alteração do registro de importações de criptoativos, que passou a ser contabilizado na conta capital seguindo recomendação do FMI, minimizando as discrepâncias com os números da balança comercial reportados pela Secex. Nos últimos 12 meses, a aquisição de criptoativos pelos brasileiros já ultrapassa o valor de US$ 15 bilhões. Por fim, dados de crédito mostraram uma recuperação do crédito às empresas em junho e continuidade de melhora para as famílias. As concessões avançaram 3% no mês com dado ajustado sazonalmente, somando R$592 bilhões.

Internacional

O PIB dos EUA avançou 1,8% no 2º trimestre, bem acima das projeções do mercado e mostrando resiliência da atividade na economia americana. Ainda assim, a medida de inflação mais acompanhada pelo FED, o PCE, veio em linha com as expectativas de alta de 0,1%, trazendo mais evidências de que o tão esperado corte de juros americanos está próximo. Nossa expectativa é de que o Fed dê início aos cortes na reunião de setembro.

Próxima Semana

Na próxima semana o destaque será a “Super Quarta”, dia de decisão de taxa de juros tanto aqui como nos EUA. Além disso, no Brasil teremos o resultado fiscal do governo no mês de junho, dados do mercado de trabalho e produção industrial, além da inflação de julho medida pelo IGP-M. Também teremos dados de mercado de trabalho nos EUA, PIB do 2º trimestre da Zona do Euro e decisão de política monetária também no Japão.


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