Macroeconomia


O Mercado na Semana

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André Valério

Publicado 19/jul1 min de leitura

O Mercado na Semana

A bolsa brasileira encerrou a semana caindo 1%, acompanhado o cenário global após o apagão cibernético nessa sexta-feira. O S&P sofreu queda de 1,97% e o dólar apreciou 3,13%.

Brasil

Essa semana tivemos a divulgação do IBC-Br de maio, que indicou crescimento de 0,25% na economia brasileira no mês, abaixo da expectativa do mercado de 0,3%, mas a estabilidade registrada em abril foi revisada para uma alta de 0,26%. Ainda não observamos o efeito da política monetária restritiva na atividade, o que se deve principalmente ao bom desempenho do mercado de trabalho e impulsos fiscais que vem sustentando o comércio. Além disso, o impacto negativo esperado após a tragédia ambiental no RS foi mitigado com os auxílios providenciados pelo governo, contribuindo para aumento do consumo de bens essenciais. Apósos dados melhores no 2º trimestre, revisamos a projeção de crescimento do PIB de 0% para 0,4% resultando em crescimento de 2,1% no ano, ante 1,8% anteriormente. Também tivemos o IGP-10 de julho com alta de 0,45% ante expectativa de 0,38%, mas desacelerando em relação ao mês anterior, com contribuição da queda do preço de alimentos. Em 12 meses o índice volta a acelerar após 14 meses no campo negativo e acumula uma alta de 3,38%, acima da registrada no mês anterior de 1,78%. Por fim, na quinta-feira o governo anunciou bloqueio e contingenciamento de R$15 Bi no orçamento deste ano para cumprir o arcabouço fiscal, além de corte de R$25,9 bi para 2025, sinalização bastante aguardada pelo mercado considerando o cumprimento da meta como o principal risco no atual cenário doméstico.

Internacional

Nos EUA, os dados de atividade vieram melhores que o esperado mas mostrando desaceleração, inclusive no mercado de trabalho, e o presidente do FED reforçou em discurso que a inflação apresenta trajetória favorável rumo a meta de 2%, sinalizando proximidade do início do ciclo de cortes. Já na Europa, a decisão de política monetária foi por manutenção da taxa de juros em 4,25%, com a retomada dos cortes na reunião de setembro.

Próxima Semana

No Brasil teremos divulgação do IPCA-15, estatísticas do setor externo, estatísticas de crédito bancário e relatório da Receita Tributária Federal. Nos EUA, sairá a primeira divulgação do PIB do 2º trimestre e a inflação de junho medida pelo PCE, além de dados do mercado imobiliário e PMI.


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