O Mercado na Semana
Após 4 semanas de quedas consecutivas, a bolsa brasileira encerrou a semana no campo positivo, com alta de 1,43% influenciada principalmente pela Petrobras. No campo internacional, o S&P 500 segue na máxima histórica e terminou a semana com alta de 0,61%. O dólar por sua vez recuou após ter atingido maior valor em quase 2 anos e encerra a semana com variação de 0,93%.
Brasil
A semana foi vazia em divulgações e o destaque ficou para a reunião do Copom, que decidiu pela manutenção da taxa Selic em 10,5%, encerrando o ciclo de corte iniciado em agosto do ano passado. O mercado já esperava por essa decisão, mas a unanimidade dos votos foi a grande surpresa, diferente do que havia ocorrido na decisão de maio, o que contribuiu para acalmar as incertezas e aliviar a pressão negativa no mercado. O comunicado transmitiu um tom mais cauteloso, ressaltando a necessidade de se manter a política monetária em território contracionista até que se consolide o processo de desinflação. O comitê ainda informou que os próximos passos vão depender de uma observação da reancoragem das expectativas de inflação, que vêm subindo gradativamente conforme um ambiente de maior incerteza se consolida no mercado, com enfraquecimento da credibilidade tanto na política monetária quanto na política fiscal. Esperamos que a Selic se mantenha em 10,50% até o final do ano, mas a melhora do cenário externo e o aperto monetário prolongado por aqui devem contribuir para o processo de reancoragem das expectativas e permitir a retomada do ciclo de cortes.
Internacional
Lá fora, tivemos divulgação de dados de atividade dos EUA e da China. No continente americano, as vendas no varejo cresceram 0,1%, abaixo da expectativa do mercado, enquanto a produção industrial veio acima do esperado. No geral, o mercado entende que os dados estão favoráveis a um início de corte nos juros por lá na reunião de setembro. De maneira oposta, na China tivemos produção industrial avançando abaixo do esperado (5,6% a.a.), ainda prejudicada pelo mal desempenho do setor imobiliário, enquanto vendas no varejo vieram acima da expectativa (3,7% a.a.). Na Europa, dados de inflação ao consumidor vieram em linha com o consenso de 0,2%.
Próxima Semana
A próxima semana será intensa em divulgações aqui no Brasil. Na segunda, teremos estatísticas do setor externo. Na terça, custos de construção medidos pelo INCC-M e divulgação do resultado da Receita Tributária Federal de maio, além da ata do Copom sobre a decisão dessa semana. Na quarta teremos estatísticas de crédito e IPCA-15. Na quinta o BC publicará o Relatório Trimestral da Inflação do primeiro trimestre do ano e teremos divulgação do IGP-M. Por fim, dados do mercado de trabalho e resultado fiscal serão divulgados na sexta.