O Mercado na Semana
A bolsa brasileira fecha com alta de 0,23% na semana. Apesar das quedas na semana, a alta impulsionada pela decisão do COPOM garantiu o resultado positivo. Já o S&P 500 registrou a maior alta semanal do ano, 2,29%, após manutenção de 3 cortes de juros para 2024 pelo Fed. O dólar, por sua vez, encerrou a semana praticamente estável a R$4,99.
Brasil
Essa semana as atenções estiveram voltadas à decisão do Copom. Como era amplamente esperado, o comitê decidiu por cortar a taxa de juros em mais 50 pontos base. O Banco Central sinaliza com outro corte de 50 p.b na reunião de maio, mas deixando incerto a manutenção desse ritmo de corte nas reuniões subsequentes. Ainda esperamos que o Copom continue com esse ritmo até a reunião de junho, passando a cortar 25 p.b até que a Selic encerre o ano em 8,5%. Nossa visão ainda é de uma dinâmica inflacionária benigna, reforçado pelo comportamento dos preços ao atacado, com o IGP-10 registrando deflação mais um mês em março.
Internacional
No lado internacional tivemos uma semana agitada, com vários bancos centrais deliberando sobre suas políticas monetárias. A principal delas foi a decisão do FOMC, que manteve a taxa de juros inalterada. Os membros do comitê ainda esperam 3 cortes nos juros esse ano, entretanto, antecipam juros mais elevados nos anos subsequentes, ao mesmo tempo em que enxergam a economia crescendo mais e uma inflação acima da meta até 2025. A manutenção de 3 cortes para 2024 ao mesmo tempo em que as projeções de inflação e atividade aumentam sugere que o Fed crê em um cenário de goldilocks, o que deve permitir com que o rally do mercado acionário continue. O Banco Central do Japão elevou a taxa de juros pela primeira vez em 17 anos, à medida que se aumenta a confiança de que a economia japonesa está superando sua deflação crônica. Por outro lado, o banco central da Suíça surpreendeu e cortou a taxa de juros, sendo o primeiro banco central desenvolvido a fazê-lo.
Próxima semana
A próxima semana será recheada com divulgações importantes. O banco central irá divulgar suas estatísticas, começando com as do setor externo na segunda, crédito na terça e fiscais na quarta-feira. Além disso, na terça-feira haverá a divulgação da ata da última reunião do Copom, quando poderemos ter um pouco mais de detalhes sobre o que foi decidido na última reunião. No mesmo dia, o IBGE divulga o IPCA-15 de março. Na quarta-feira, haverá também a divulgação do IGP-M, referente a março. Finalmente na quinta-feira, teremos as divulgações das estatísticas do mercado de trabalho. No âmbito internacional, o destaque será a divulgação da inflação americana de fevereiro medida pelo PCE.