O Mercado na Semana
A bolsa brasileira sofreu queda de 2,56% essa semana, indo na direção contrária da bolsa americana, que avançou 1,2%, fechando em cotação recorde influenciada pelo maior otimismo com as empresas de inteligência artificial e dados econômicos favoráveis. Finalmente, o dólar encerrou a semana cotado em R$4,93, apreciando 1,56% frente ao real.
Brasil
No Brasil, o foco da semana foi a consolidação dos dados de atividade de novembro, com os três principais setores apresentando variação positiva no mês, entretanto, o IBC-Br, prévia do PIB calculado pelo Banco Central, registrou estabilidade, reforçando a nossa leitura de uma atividade econômica ainda fragilizada, uma vez que boa parte do desempenho positivo veio de atividades menos cíclicas, o que sugere um baixo dinamismo da atividade nesse momento. Ainda assim, o IBC-Br apresentou melhoria no acumulado de 12 meses, saindo de 2,25% em outubro para 2,31%. Com isso, o carrego estatístico para o último mês de 2023 é de um crescimento de 2,30%, abaixo da expectativa para o PIB de 2023, que é um crescimento de 2,9%. Além disso, a revisão do dado de outubro de -0,06% para -0,18% indica que a tendência é de desaceleração, entretanto, a sazonalidade característica do mês de dezembro provavelmente irá resultar em um crescimento acima do sugerido pelo carrego estatístico.
Internacional
No lado internacional, a semana foi reduzida devido ao feriado nos Estados Unidos na segunda-feira. O destaque ficou por conta dos dados de atividade americana, indicando resiliência da economia. Produção industrial, varejo e pedidos de seguro-desemprego vieram melhores que o esperado, além disso, as expectativas dos consumidores melhoraram consideravelmente, esperando melhor desempenho econômico ao mesmo tempo em que esperam uma inflação menor.
Próxima Semana
No Brasil, o principal destaque da agenda é a divulgação do IPCA-15 de janeiro na sexta-feira. Além disso, o Banco Central inicia a divulgação das estatísticas, com as do setor externo na quinta e as de crédito na sexta. Lá fora, as atenções estarão voltadas para a divulgação do PIB americano do 4º trimestre na quinta-feira e da inflação de dezembro, medida pelo PCE, na sexta-feira. Além disso, temos decisões de política monetária na China, Europa e Japão.