Macroeconomia


O Mercado na Semana

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Rafaela Vitória

Publicado 15/set5 min de leitura

Resumo

O destaque da semana, sem dúvidas, foram as notícias mais positivas de China, com sinais de estabilização da economia, a despeito da crise no setor imobiliário, além de dados de inflação, aqui e lá fora, corroborando para melhores expectativas quanto à política monetária adotada pelos bancos centrais, antes da reunião do FED no próximo dia 20. A bolsa brasileira avançou 3% na semana, puxada pela menor aversão ao risco global que influenciou os setores de materiais básicos, bancos e imobiliário.

Brasil

O IPCA de agosto registrou alta de 0,23%, abaixo dos 0,28% do consenso, puxado principalmente pelos custos de Habitação, compensado, em partes, pela redução do grupo de Alimentos e Bebidas, e destaque positivo à continuidade da desaceleração da inflação de Serviços, mantendo as expectativas de cortes de cortes de 50 bps na Selic nas próximas reuniões, apesar da deterioração no cenário externo.

Volume de serviços avançou 0,5% em julho, terceiro mês consecutivo de alta, acumulando ganhos de 2,2% no período e de 4,5% no ano. No acumulado dos últimos 12 meses, o setor tem ganhos de 6%, entretanto, mantém tendência de desaceleração.

O Congresso aprovou a regulamentação dos jogos online, incluindo alíquota de 18% sobre receitas e imposto de renda sobre os prêmios. Ainda, a Câmara aprovou o PL sobre a compensação do ICMS aos estados e, no Senado, chega para votação o PL da desoneração da folha de pagamentos, a qual deve ser avaliada ao longo das próximas semanas.

Internacional

Na China, dados de vendas ao varejo, crédito e produção industrial mostraram sinais de estabilização na economia e surpreenderam positivamente os mercados, o que ajudou a elevar os ânimos por aqui, mesmo com números do setor imobiliário ainda decepcionando, ao reportar queda em preços e vendas de novas casas e investimentos no setor.

Já nos Estados Unidos, a inflação medida pelo CPI avançou 0,6% em agosto, após alta de 0,2% em julho, acumulando alta de 3,7% nos últimos 12 meses, mas ficando em linha com as expectativas, o que reforçou as apostas de pausa pelo FED na próxima reunião, mesmo com a alta recente do petróleo. Na Europa, o BCE elevou os juros em 0,25 p.p., para 4,5%, também conforme esperado, no entanto informando que encerrou o ciclo de altas, acreditando que o atual patamar de juros é suficiente para reprimir as pressões inflacionárias nos próximos meses.

Próxima semana

Na próxima semana, teremos Super-quarta com decisão do Fed lá nos Estados Unidos e do Copom aqui no Brasil. Além disso, teremos IGP-10 e IBC-Br aqui e lá fora, CPI na Zona do Euro, dados de mercado de trabalho e vendas casas usadas nos Estados Unidos, bem como PMIs globais.


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