Macroeconomia


O Mercado na Semana

jeFtv1X8_400x400

Rafaela Vitória

Publicado 08/set5 min de leitura

Resumo

A semana foi marcada por nova alta do petróleo que voltou ao patamar de $90/barril, maior cotação desde novembro de 2022. O risco de uma volta da aceleração da inflação dominou os mercados na semana, e os juros globais voltaram a subir, na expectativa que os BCs devam ser mais hawkish. A aversão a risco também derrubou as bolsas e o S&P500 caiu 1,3% enquanto o Ibovespa teve queda de 2,2%.

Brasil

A produção industrial caiu 0,6% em julho, abaixo da expectativa, e mostra que após a surpresa positiva do PIB no 2º trimestre, a atividade pode desacelerar no segundo semestre.

O IGP-DI teve a primeira variação positiva desde março, 0,05% em agosto, mas ainda acumula -6,9% em 12 meses. O IPC foi o destaque de baixa em -0,22% mesmo com a recente alta da gasolina, puxado principalmente pela variação negativa em alimentos.

O Congresso aprovou o PL do Desenrola e, junto com ele, um limite na taxa do rotativo de até 100% o valor da dívida. O novo limite é condicionado a uma proposta do CMN que resulte em redução do custo do rotativo a ser apresentada em até 90 dias. No estudo, liderado pelo BC, está a discussão sobre o parcelamento sem juros no cartão, que hoje é feito pelos lojistas, e como uma melhor distribuição do risco, arcado pelos bancos, pode ser feita para resultar na redução da cobrança do rotativo.

Internacional

A balança comercial Chinesa mostrou nova queda em agosto, tanto importações como exportações desaceleraram, indicando desaceleração da atividade industrial global.

Os PMIs globais de serviço mostraram alguma desaceleração em agosto, mas ainda indica expansão do setor, que ainda não sente impacto do aperto monetário em curso

Próxima semana

Na próxima semana o foco estará nos dados de inflação, com a divulgação do IPCA na terça feira e do CPI na terça feira e será a ultima divulgação. Aqui no Brasil o IBGE também divulga os dados de atividade dos setores de serviço e do varejo, referente a julho, e esperamos nova indicação de desaceleração, como observado na indústria.


Compartilhe essa notícia

Receba nossas análises por e-mail