O Mercado na Semana
A bolsa brasileira fecha com queda de 0,23% na semana, influenciada pela queda de mais de 5% da Vale devido à queda dos preços do minério de ferro internacionais, com o receio da demanda chinesa enfraquecida. Já o S&P 500 cresceu 0,10%. O dólar, por sua vez, encerrou a semana em R$5,00, com alta de 0,40%.
Brasil
O destaque da semana foi a divulgação do IPCA de fevereiro, que registrou alta de 0,83%, acima das expectativas. Com esse resultado, a inflação acumula alta de 4,50% nos últimos 12 meses, perdendo força no ritmo de queda, uma vez que em janeiro o índice acumulava alta de 4,51%. De modo geral o resultado foi misto, com alguns indicadores mantendo a tendência não tão benigna dos últimos meses, enquanto outros apresentaram melhora, especialmente a inflação dos serviços subjacentes, que desacelerou substancialmente. Por outro lado, tivemos a consolidação dos dados de atividade setorial de janeiro, com a divulgação do volume varejista e de serviços, ambos surpreendendo positivamente, indicando bom desempenho da economia brasileira para o mês.
Internacional
No lado internacional as atenções estiveram voltadas para os dados de inflação da economia americana, com a divulgação da inflação ao consumidor e produtor. Ambas vieram acima do esperado, colocando dúvidas sobre os próximos passos da política monetária. Hoje, o consenso é de início de cortes apenas em junho e há grande expectativa para a divulgação das projeções dos membros do comitê de política monetária. Na última divulgação, eles projetavam 3 cortes de juros em 2024. Hoje, o mercado de renda fixa americano precifica o cenário base de apenas 2 cortes.
Próxima semana
O foco na próxima semana estará nas decisões de política monetária das principais economias do mundo. Na segunda-feira, o banco central japonês irá definir sua política monetária e há grande chance de a economia japonesa deixar de ter juros negativos após oito anos. Na terça, será a vez do banco central chinês tomar sua decisão, e há grande expectativa se haverá novos estímulos, tendo em vista a continuidade da fragilidade da economia chinesa. Finalmente, haverá também a super quarta, quando o banco central americano e o brasileiro decidem seus juros.