Macroeconomia


O Mercado na Semana 08/03/2024

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Rafaela Vitória

Publicado 08/mar

O Mercado na Semana

A bolsa brasileira fecha com queda de 1,63% na semana, muito influenciada por Petrobras, que desabou mais de 10% só na sexta-feira, onde investidores apresentaram aversão as expectativas futuras da empresa. O dólar, por sua vez, encerrou a semana em R$4,98, com alta de 0,57%.

Brasil

A semana foi recheada de divulgações. O setor externo apresentou melhoras em janeiro, com o déficit em transações correntes caindo para US$5,1 bilhões, uma redução de US$3,9 bi frente ao mesmo período de 2023. O resultado positivo foi mais uma vez devido ao desempenho da balança comercial, que registrou superávit de US$4,4 bilhões. As estatísticas fiscais também foram positivas em janeiro, com o governo registrando superávit de R$102 bilhões, acima da expectativa. Apesar do bom resultado, o endividamento do governo aumentou quando considerado a dívida bruta. Já o créditoapresentou estabilidade em janeiro, com o saldo variando -0,1%, enquanto as concessões variaram 3,1% no dado ajustado sazonalmente, mas ainda mantém tendência de desaceleração, apesar do início do ciclo de afrouxamento monetário já impactar as taxas. Finalmente, no lado da atividade, a produção industrial recuou 1,6% em janeiro na comparação com dezembro de 2023, refletindo a queda de mais de 6% da indústria extrativa. Para fevereiro, a produção tende a ser melhor, uma vez que a produção automotiva avançou 24% no mês.

Internacional

No lado internacional as atenções estavam voltadas para a divulgação do dado de emprego da economia americana, que indica que foram criados 275 mil novos empregos em janeiro. Apesar disso, o resultado aponta para uma perda de força na margem do mercado de trabalho, com a taxa de desemprego subindo para 3,9% e os salários arrefecendo. Ainda assim, os dados apontam para uma economia ainda robusta e a estimativa de momento é que o PIB do 1º cresça 2,5% na taxa anualizada. Na Europa, o Banco Central Europeu manteve a taxa de juros inalterada no patamar de 4,50%, apesar de sinais desinflacionários e de enfraquecimento da atividade econômica. A impressão é que o BCE não quer puxar a fila dos bancos centrais desenvolvidos no ciclo de cortes e aguarda o Fed iniciar o processo para poder acompanhar. Tal estratégia pode ter consequências graves para a economia europeia. Finalmente, no Japão os dados da inflação e das negociações salariais aumentam a confiança do Banco Central japonês (BoJ) de que a deflação crônica da economia japonesa possa estar próxima do fim. Com isso, aumenta a expectativa de que o BoJ possa começar a retirar parte dos estímulos monetários a partir da próxima reunião no dia 18.

Próxima semana

O destaque da próxima semana ficará por conta da divulgação dos dados de inflação de fevereiro, na terça-feira. Além disso, teremos a divulgação do restante dos dados de atividade setorial, com as vendas no varejo divulgadas na quinta e o volume de serviços na sexta. Finalmente, está prevista a divulgação dos dados de criação de empregos formais na quarta-feira. No âmbito internacional, as atenções estarão voltadas para a divulgação da inflação ao consumidor americano, na terça-feira. Além disso, haverá a divulgação da produção industrial e vendas no varejo americano, que também serão acompanhadas de perto em antecipação à reunião do FOMC na semana seguinte.


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