Macroeconomia


Mercado na Semana

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Rafaela Vitória

Publicado 14/jul5 min de leitura

Resumo

Os destaques da semana foram as divulgações de inflação desacelerando aqui e lá fora, o que trouxe alívio no cenário de juros nos EUA e impulsionou a bolsa americana. O S&P500 fechou na máxima do ano, acima dos 4.500 pontos acumulando alta de 17%. O Ibovespa caiu 0,9% na semana e segue atrás com ganho de apenas 7% no ano, revertendo em parte o otimismo com a queda de juros esperada para o segundo semestre.

Brasil

IPCA em junho foi negativo em -0,08% e acumula 3,16% em 12 meses.Apesar de em linha com o esperado e mostrando uma queda mais generalizada nos preços, a alta pontual dos serviços trouxe uma certa preocupação e reduziu as apostas de corte de 50 bps na reunião do Copom de agosto.

Dados de atividade mais fracos: o setor de serviços apresentou recuperação de 0,9% em maio, mas ainda aponta estabilidade no trimestre após a queda observada em abril. Já o varejo teve queda maior que o esperado em maio, -1%, e mostra cenário mais difícil devido à redução na oferta de crédito.

Apesar da inflação menor e da atividade mais fraca, as taxas de juros futuros reverteram a tendência de queda das últimas semanas e a taxa pré de 2 anos subiu para 10,5%. Já o dólar seguiu o movimento global e fechou em queda de 1,7% na semana em R$4,79.

Internacional

Tanto o CPI como o PPI nos EUA vieram abaixo do esperado e trouxeram alívio no cenário de inflação americana. A inflação ao consumidor acumula 3% em 12 meses até junho e as medidas de núcleo também tiveram queda além do esperado.

Apesar do dado melhor de inflação, consolida no cenário a aposta de +25bps na taxa de juros na reunião do Fed em julho, que pode ser o fim do ciclo de aperto. Ainda assim, as taxas de juros mais longas tiveram o alívio com a perspectiva do fim do ciclo e o dólar teve queda de 2% na semana em relação à cesta de moedas e o DXY ficou abaixo de 100 pela primeira vez desde abril do ano passado.

A China continua apresentando resultado da balança comercial mais fraco que o esperado, com forte queda nas exportações (-12%) e nas importações (-7%). No entanto, a expectativa de novos estímulos pelo governo animou o mercado de commodities que teve alta de 2% na semana.

Próxima Semana

Entre os dados em destaque na próxima semana está a divulgação do PIB da China do 2º trimestre e é esperado uma alta de 7% na comparação com o mesmo período do ano passado. Os dados de produção industrial e varejo em junho, no entanto, devem mostrar nova desaceleração na taxa de crescimento, para 2,5% e 3,3% respectivamente.

Nos EUA também será divulgado os dados de vendas do varejo e produção industrial em junho e é esperada uma pequena alta em relação a maio.

Aqui no Brasil o BC divulga o IBC-Br de maio e deve mostrar uma desaceleração da atividade no trimestre.


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