Brasil
Reforma tributária aprovada: O destaque da semana no Brasil foi a aprovação na câmara da reforma tributária que cria o IVA dual substituindo o PIS/Cofins, IPI, ICMS e ISS. A PEC ainda será analisada no Senado e posteriormente leis complementares irão definir as alíquotas, mas a aprovação é positiva e indica que podemos finalmente ter ganhos de produtividade nos próximos anos.
Inflação em queda: O IGP-DI teve nova leitura negativa em julho, -1,53%, e acumula -7,7% em 12 meses. As expectativas de inflação pelo Focus também tiveram queda essa semana seguindo a notícia da manutenção da meta de inflação em 3% pelo CMN e a tendencia de convergência para a meta no longo prazo deve continuar nas próximas semanas.
Indústria estável em maio: a produção industrial ficou estável em maio, mas a produção de veículos voltou a cair em junho, -7% em relação ao mesmo mês no ano anterior, indicando que a demanda continua fraca mesmo com os estímulos pontuais ao setor
Internacional
Payroll mais fraco: os dados de emprego dessa sexta trouxeram um pouco de alívio com a criação de 209 mil vagas abaixo do número esperado de 230 mil e dos 497 mil do ADP da quinta feira, que havia surpreendido o mercado. As taxas de juros de 2 anos, que chegaram na máxima do ano em 5,1% na véspera, fecharam a semana em 4,9%, indicando a consolidação da expectativa de mais uma alta de 25bps na reunião do Fomc de julho. O S&P500 fechou a primeira semana de julho estável, mas acumula ganho de 15% no ano.
Atividade desacelera: apesar da preocupação com a inflação mais persistente, os dados de PMI globais continuam indicando desaceleração, incluindo da China. As commodities também ficaram estáveis na semana e, na contramão do mercado de ações, acumulam queda de cerca de 15% desde o começo do ano.
Próxima Semana
IPCA: a divulgação do IPCA na terça feira será o principal destaque da semana. Esperamos deflação de -0,1% no mês de junho acumulando 3,12% em 12 meses, a menor marca desde setembro de 2020.
CPI: lá fora, os dados de inflação também serão destaque nos EUA e, apesar da forte desaceleração esperada no headline, que deve cair de 5,0% para 3,1%, estaremos de olho nas medidas de core, que ainda caem de maneira mais lenta e devem acumular 5,0% até junho e não esperamos que o resultado altere as expectativas para o Fomc de julho.