Brasil
O principal evento da semana foi a reunião do Copom que comunicou, ainda que de maneira dura, a possibilidade de mudança nos próximos passos da política monetária, caso a inflação de serviços e núcleos tenham queda, acompanhada também da redução nas expectativas de inflação do mercado.
O Senado aprovou o novo arcabouço fiscal, mas com modificações que flexibilizaram alguns limites de gastos e que precisarão voltar para a câmara para nova votação, e com isso atrasar também a aprovação da LDO 2024. Também foi apresentado o texto da reforma tributária na Câmara. Teremos um fim de semestre movimentado no Congresso.
Internacional
Bancos Centrais mais hawkish: o BoE subiu os juros em 50bps, surpreendendo o mercado e, em discurso no Congresso americano, o presidente do Fed reafirmou a expectativa de mais duas altas de 25bps na taxa básica por lá.
Commodities em queda: após recuperação ao longo do mês de junho, as commodities voltaram a cair, cerca de 2% na semana, principalmente puxado pelo petróleo que teve queda de 3% e voltou a fechar abaixo de $70/barril.
China anunciou novos estímulos monetários: a China reduziu a taxa de juros na expectativa de estimular o crescimento no país, mas com pouco efeito nos mercados, que seguem precificando crescimento mais ameno no país asiático.
Próxima semana
IPCA-15 será o destaque da semana e pode já indicar deflação em junho. Mais importante serão as medidas de núcleos e serviços.
A ata do Copom deve trazer mais detalhes sobre a discussão de política monetária e indicar que, de fato, a autoridade monetária já pode iniciar o corte de juros em agosto.
Banco Central divulga os dados de crédito de maio, que devem continuar apontando para desaceleração e o resultado fiscal consolidado também de maio, que tende a ser melhor com o bom desempenho da arrecadação.