Macroeconomia


Mercado na Semana

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Rafaela Vitória

Publicado 26/mai5 min de leitura

Resumo

As bolsas mundiais terminaram a semana em recuperação impulsionadas pela redução do risco fiscal. Aqui no Brasil, tivemos a aprovação do arcabouço, com o novo limite para gastos a partir de 2024 e, nos EUA, o congresso também avançou nas negociações para rever o teto da dívida e afastar o risco do vexame, quer dizer, o default do tesouro americano.

Brasil

Arcabouço foi aprovado com larga margem no Congresso com um viés mais restritivo, o que foi bem recebido pelo mercado. O Ibovespa, que chegou a cair 2% na semana, mas recuperou e fechou estável aos 110,7 mil pontos. Confira nossa revisão de target para o Ibovespa em 2023 aqui.

IPCA-15 abaixo do esperado também foi uma boa notícia e contribuiu para uma nova onda de queda das taxas de juros, com o início de corte da Selic em agosto voltando ao cenário.

A combinação de menos risco fiscal e inflação em queda também beneficiaram a queda dos juros longos e as taxas das NTNBs mantiveram a tendencia de baixa, com a taxa de 10 anos chegando em 5,6% a menor desde dezembro de 2021. O IMA-B deve ser novamente o destaque do mês com alta acumulada de 2,3%.

Internacional

O destaque nos EUA foi a mudança de humor inversa da trajetória dos juros no curto prazo. A ata do Fomc, falas de membros do Fed e o PCE de abril mais alto apagaram as apostas de cortes de juros no início do segundo semestre e voltou-se a especular sobre mais uma alta de 25 bps em junho.

Apesar da alta nos juros americanos, o S&P500 fechou a semana estável, mantendo o ganho de 1% em maio. O desempenho do setor de tecnologia ligado a AI e a proximidade de um acordo sobre o teto da dívida mantiveram a boa performance dos índices de ações.

O dólar teve mais uma semana de valorização frente à cesta de moeda e acumula alta 2,6% em maio, com a expectativa de um Fed mais hawkish.

Confira nossa análise sobre o cenário internacional do mês de maio aqui.

Na próxima semana

Entre as principias divulgações no Brasil está o PIB do 1º trimestre, que deve mostrar um forte crescimento de 1,5% no trimestre, puxado pelo Agro. O IGPM de maio deve ter nova variação negativa de 1,5% e acumular -4,1% em 12 meses. O BC também divulga dados de crédito, que esperamos nova desaceleração, e o resultado primário de abril. Por fim, o IBGE divulga a taxa de desemprego de abril que deve se manter próxima de 8,8%.

Nos EUA, o foco será o payroll de maio, que pode reforçar a visão de um mercado de trabalho ainda aquecido que tende a retardar o processo de queda da inflação.


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