Macroeconomia


Inter Setores | Varejo & Shopping | Set.22

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Breno de Paula

Publicado 15/set8 min de leitura

Varejo registra queda de 0,8% e surpreende negativamente

Pesquisa Mensal do Comércio : O mercado contava com estabilidade do varejo no mês. No ano, a queda também surpreendeu, -5,2% vs. -3,5% esperado. Em sua versão ampliada, o varejo recua 0,7%, e apresenta uma queda significativa na comparação anual (-6,8%). A diferença entre essas leituras é explicada pela queda no volume de vendas de veículos (-2,7% no mês e -8,5% no ano) e material para construção (-2,0% no mês e -13,7% no ano). As vendas em tecidos, vestuário e calçados apresentaram a maior contribuição negativa para o varejo. Apesar de ser uma atividade bastante correlacionada com a mobilidade e a volta de serviços presenciais, as vendas desse setor recuaram 17,2% no mês e 16,2% no ano, o que indica possível alteração na preferência dos consumidores, que têm optado em direcionar sua renda extra para serviços.

Lojas de Rua e Shoppings : Diante de um cenário macroeconômico mais desafiador, o faturamento em lojas físicas – rua e shoppings – apresentaram queda no mês de Jul/22. Em comparação mensal, o fluxo de visitas em shopping teve um aumento de 2% no mês, concomitante a um crescimento anual de 10% que, ainda se destacando pela fraca mobilidade no mês de Jul/21. As lojas de rua apresentaram uma queda no fluxo mensal de 3% e no anual um aumento de 10%. Impacto pela redução da mobilidade e cupom menores – queda de 3% nos shoppings e 8% nas lojas de rua-, o faturamento nas lojas dos shoppings caíram 6%, simultâneo a queda de 7% em lojas de ruas. Por fim, entendemos que a inflação vem afetando a poupança dos consumidores que, consequentemente afetam os hábitos de consumo – troca para bens inferiores - reduzindo o cupom e o faturamento dos lojistas.

Nossa visão: Seguimos com tom de cautela para o varejo, que apesar de apresentar crescimento nominal do faturamento, quando descontada a inflação, observamos um patamar de vendas inferior ao pré pandemia. O cenário macroeconômico, apesar de aparentemente ter controlado os preços e a curva de juros, segue árduo. Aliado a um período eleitoral, em nossa visão, o segundo semestre pode vivenciar volatilidade além do habitual. Mantemos a nossa interpretação de que a normalização das cadeias produtivas, o direcionamento da demanda para serviços e a contração da massa salarial real e do crédito devem contribuir para limitar mais a inflação. Nesse momento, nossa preferência fica para o consumo não discricionário (varejo alimentar), consumo discricionário de alta renda (público A e B) e shoppings com portfólios premium.

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