Macroeconomia


Inter Setores | Varejo e Shoppings | Mai.22

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Breno de Paula

Publicado 16/mai3 min de leitura

Vendas no varejo registra variação de 1,1% em fevereiro

A variação é melhor que a estimativa de mercado de 0,3%. Resultado foi muito melhor que a expectativa do mercado de crescimento de 0,3% e ainda contou com uma revisão de lata de 0,8% para 2,1% em janeiro. Na comparação com fevereiro do ano passado, houve aumento de 1,3%. Entretanto, no acumulado de 2022, o volume de vendas no varejo ainda registra queda de 0,1%. Vide Relatório do nosso time de macro, para mais detalhes sobre a Pesquisa Mensal do Comércio.

Lojas de Rua e Shoppings

Diante da normalização da mobilidade, o faturamento em lojas físicas de rua e shoppings cresceram em Mar/22. O fluxo mensal de pessoas apresentou uma queda de 3% em shoppings e 4% nas lojas de rua. Já em comparação anual, é possível observar uma melhora robusta, com crescimento de 235% em shoppings e 76% em lojas de rua. O faturamento de ambas as lojas físicas – shoppings e rua - apresentaram crescimento no mês, de 5% em shoppings e 15% em lojas de rua na comparação mensal, concomitante a evolução de 58% e 39% na comparação anual. Retirando a sazonalidade, constatamos que tanto o fluxo como o faturamento apresentaram forte recuperação nos dois segmentos. Com a liberação do uso das máscaras, os dois indicadores devem voltar aos níveis observados no período pré pandemia.

Nossa visão

Seguimos com tom de cautela para o varejo, que apesar de apresentar crescimento nominal do faturamento, quando descontada a inflação, observamos um patamar de vendas inferior ao pré pandemia. O cenário macroeconômico árduo aliado a um ano eleitoral, em nossa visão, trará volatilidade além do habitual. Além disso, a confiança do consumidor fica a mercê de melhora na conjuntura turva, para revisar então suas expectativas. A médio prazo, no entanto, mantemos a interpretação de que a normalização das cadeias produtivas mundiais, o direcionamento da demanda para serviços e a contração da massa salarial real e do crédito devem contribuir para limitar a inflação. Com isso, esperamos que a demanda volte de forma mais pujante, contribuindo para ainda mais faturamento, porém com ganho de rentabilidade.

Nesse momento, nossa preferência fica para o consumo não discricionário (varejo alimentar), consumo discricionário de alta renda (moda para público A e B) e shoppings com portfólios premium.


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