Temperaturas elevadas impulsionam consumo residencial.
Dados mais recentes divulgados pela EPE apontam que o consumo de energia no Brasil referente ao mês de julho apresentou crescimento relevante de 2,5% na comparação anual. Indústria avança em 1,3% com bom desempenho dos setores químico, e de papel e celulose, enquanto temperaturas acima da média nas regiões Norte, Sudeste e Centro- Oeste contribuíram para que o consumo residencial apresentasse uma variação de 2,5% a/a. O setor de melhor desempenho continua sendo o comercial, com expansão de 8,4%. De acordo com a CCEE, dados prévios para o desempenho de consumo no SIN referentes ao mês de agosto apontam um crescimento de 3,3%, com breve retomada de participação do ACR, em conjunto com desempenho ainda forte do ACL. Por fim, a ONS apresentou em seu programa mensal, uma previsão de carga para o mês de setembro de 68.667 MWm, o que representa uma retração de -2,9%.
Dada a atual estação climática de característica mais seca, o nível dos reservatórios segue apresentando retração, estando atualmente em torno de 64% de sua capacidade, mas aproximadamente 10 p.p. acima da média dos últimos 20 anos, situação que consideramos confortável. O volume do Subsistema Sudeste/Centro-Oeste, sistema de maior relevância para o SIN, relatou retração de 6 p.p. desde o último mês, valor próximo a 53%, se encontrando próximo a sua média das últimas duas décadas. Os Subsistemas Sul e Norte continuam reportando situação confortável, com volume total superior à marca de 80%.
De acordo com a ONS, a quantidade gerada total para o mês de agosto foi 70.410 MWm, (+7,12% a/a). Além disso, segundo a CCEE, o valor total gerado pelas usinas que participam do MRE no mês de julho foi de 43.096 MWm (+33% no a/a), que juntamente com uma garantia física total de 55.324 MWm, resultaram em um GSF calculado para o período de 78%. O CMO médio do período se encontra em aproximadamente 44,28 R$/MWh, queda de 37% em comparação com o mês passado, e significativamente inferior ao mesmo período do ano anterior, dada a redução do despacho térmico em reflexo da melhora do cenário hídrico. Sendo assim, o PLD médio foi de R$ 55,70.
Por fim, com a estabilidade de um cenário hidrológico favorável, a ANEEL anunciou para o mês de setembro a manutenção da bandeira tarifária verde, não incluindo acréscimos sobre a conta do cliente final. A bandeira verde foi anunciada pelo Governo Federal no dia 16 de abril deste ano.