A EPE reportou os seus últimos dados de monitoramento do consumo de energia elétrica, referentes ao mês de abril. Segundo eles, o mês registrou, individualmente, o maior dado de sua série histórica desde 2004, com expansão de 1,2% do consumo total. No valor acumulado de 2022 até então, a expansão é de 0,7%, totalizando 170 mil GWh. com 12,9% de variação positiva. O setor comercial continua ocupando papel de destaque no crescimento do consumo agregado, impulsionando pela expansão de vendas em varejo e serviços. Já o setor industrial apresenta breve evolução marginal, apresentando variação a/a de 0,4%, que exibe como principais fatores desaceleradores as suas operações nos segmentos metalúrgico, automotivo e de extração de minerais. Por fim, o setor residencial registrou queda de -3,6%, dado um mês de clima mais úmido e temperaturas inferiores. De acordo com a ONS, dados prévios para o mês de junho preveem uma carga mensal de 65.649 MWmed.
Em maio, a geração total de energia foi registrada em 67.199 MW médios, resultando em variação positiva de 1,0% em comparação com o mesmo período do ano anterior. Dado o cenário ainda positivo em relação aos níveis dos reservatórios, em conjunto com os novos investimentos de companhias do setor em outras fontes de geração renováveis, maiores avanços foram referentes às PCH’s (+ 48,5%), fotovoltaicas (65,3%) e eólicas (12,1%), enquanto a geração termelétrica permanece apresentando forte redução (-44,9%). Neste mês, o nível de geração chegou a ultrapassar a garantia física do sistema, levando à um fator GSF no valor de 105,95%. Já o PLD médio de todo o subsistema segue estável nos R$ 55,70.
Com a permanência do cenário positivo dos reservatórios e custos médios operacionais de volta a níveis considerados “seguros”, a bandeira tarifária do modelo de cobrança se mantém verde, não incluindo acréscimos sobre a conta do cliente final. A bandeira verde foi anunciada pelo Governo Federal no dia 16 de abril.