Varejo e serviços seguem liderando no consumo de energia.
Dados recentes publicados pela EPE, referentes ao consumo de energia elétrica sobre o mês de maio reportaram significativo avanço no período, em comparação com o ano anterior. De acordo com a divulgação, o consumo total no mês apresentou uma variação positiva de 3% no a/a, e segundo a EPE, cerca de 60% desse consumo foi impulsionado pela classe comercial, que apresentou um avanço individual de 11,3%. Sendo assim, o consumo acumulado do ano de 2022 atualmente se situa em 213.829 GWh, variação positiva de 1,1% ante o ano anterior. A robusta variação na classe comercial continua sendo justificada pelo contínuo avanço dos setores de varejo e de serviços. O setor industrial reportou uma variação positiva de 1,0% liderada por produtos alimentícios e papel e celulose, enquanto os setores químico e automotivo freiam esse consumo. Por fim, o residencial torna a apresentar variação positiva, de 2,6% a/a, principalmente em razão do clima mais seco no Centro-Oeste, e das temperaturas mais elevadas no Norte e no Nordeste.
A geração total de energia registrada no mês de junho foi de 66.422 MW médios, variação a/a positiva de 0,6%, contra junho/21. No acumulado de 2022, a geração avança em 1,9%, enquanto no acumulado dos últimos 12 meses a variação é de 1,8%. Ainda é observável a forte redução de 53% no volume de geração térmica, em função do favorável nível atual dos reservatórios que compõem o Sistema Interligado Nacional. Destaque positivo continua sendo para a variação das fontes renováveis e alternativas de geração, como a geração originada por PCH’s, com avanço de 55,7%, e a geração fotovoltaica, com variação anual de 44%. Em junho, a razão do nível de geração em conjunto com a garantia física do sistema apresentou leve queda em relação ao mês anterior, mas ainda se situando levemente superior a garantia física do sistema, o que leva a um GSF de 100,2%. O PLD médio do sistema segue na casa dos R$ 55,17. Mesmo com o fim do período de chuvas, apresentamos expectativas positivas para o próximo trimestre, dado o elevado volume de chuvas do início do ano, que deixa o nível geral dos reservatórios em uma situação confortável.
Com a permanência do cenário positivo dos reservatórios e custos médios operacionais de volta a níveis considerados “seguros”, a bandeira tarifária do modelo de cobrança se mantém verde, não incluindo acréscimos sobre a conta do cliente final. A bandeira verde foi anunciada pelo Governo Federal no dia 16 de abril.