Consumo residencial avança junto com as temperaturas
- Últimos dados apresentados pela EPE reportaram uma redução anual de 0,3% no consumo de energia referente ao mês de outubro deste ano, totalizando 42.597 GWh. Essa estabilidade se deve, principalmente pela curta expansão no segmento residencial, em função das temperaturas mais elevadas. O setor industrial apresentou o melhor desempenho, impulsionado pela indústria metalúrgica, em resposta a cadeia de alumínio. Já o comercial apresentou breve retração, apresentando queda nas regiões Nordeste e Sudeste, que apresentam maior peso em sua colaboração.
- Dados prévios divulgados pela CCEE apontam uma previsão de consumo médio para 2022 no valor de 64.877 MWm (-1,2% a/a). Por fim, a ONS apresentou em seu programa mensal uma previsão de carga para o mês de outubro em 71.358 MWm, aumento de 1,2% a/a.
Volume consolidado torna a crescer
- Com o aumento de temperaturas e de precipitações registrado a partir do mês de novembro, com breve aumento em comparação com o mês anterior, e cerca de 20 p.p. acima do mesmo valor reportado em 2021.
- O nível de volume consolidado dos reservatórios que compõem o SIN apresenta atualmente (15/15/2022) uma capacidade útil de 54%.
- Este nível atual representa a maior marca dos últimos 11 anos.
Volume consolidado torna a crescer
- Mesmo apresentando uma queda constante desde o mês de junho, os reservatórios da região Norte ainda se situam acima de sua média desde os anos 2000, apresentando um nível consolidado por volta de 55%.
- Nordeste e Sudeste/Centro-Oeste seguem apresentando certa estabilidade, ainda se situando acima de suas médias históricas.
- Nível geral dos reservatórios do subsistema Sul apresentou um breve crescimento, ainda que se mantendo posicionado acima de suas médias históricas, por volta de 77%.
Sul ainda é destaque no nível de afluência
- Com as chuvas de final de ano, a região Norte apresentou um forte aumento de sua ENA, ultrapassando sua média dos últimos 5 anos.
- Com temperaturas médias mais elevadas por todo o país, e um volume maior de chuvas, houve um aumento geral da afluência das regiões Sul e Nordeste.
- Durante a primeira quinzena de outubro, temperaturas ficaram abaixo da média em capitais da região sudeste, retornando a normalidade apenas na segunda metade do mês. Houve variação positiva m/m na ENA do subsistema, apesar do fato de que essa se encontre abaixo de sua média dos últimos 5 anos.
Energia solar não para de crescer
- Segundo dados da ONS, a geração total no mês de outubro alcançou um volume de 68.612 MWm, variação de -1,08% a/a.
- De acordo com a CCEE, para as usinas que integram o MRE, o volume gerado total no mês de outubro foi de 42.496 MWm, expansão de 26% a/a.
- Para o mês de novembro, foi observada uma redução de 38% (a/a) no volume de geração térmica, em resposta a melhora do cenário hídrico.
- Na contrapartida, hidrelétricas apresentam uma expansão anual de 22%, gerando um volume de 48 mil MWm.
- Entre as fontes alternativas, destaque para a geração fotovoltaica, que obteve expansão de aproximadamente 50%.
Geração mantém fator de repactuação em alta
- Com o volume gerado de 42.496 MWm no MRE, e uma garantia física de 61.024 MWm, o resultado obtido então foi um GSF de 70% em outubro, o que sinaliza nova breve redução na comparação mensal, apesar de ainda ser superior aos valores reportados nos últimos 2 anos.
- No mês, foi apresentado um grande aumento de intercâmbio entre os subsistemas Norte – Nordeste, ao mesmo tempo em que houve diminuição entre os subsistemas Nordeste – Sudeste/Centro-Oeste.
Custos operacionais zerados, PLD no piso e bandeira verde
- Em relação aos custos médios operacionais, esta semana operativa (15/12/2022) apresentou uma marca de R$ 0,01 R$/MWh.
- O PLD médio se mantém em seu piso, em R$ 55,70.
- Dada a estabilidade do cenário hidrológico, a ANEEL segue com a manutenção da bandeira tarifária verde para dezembro, não incluindo acréscimos sobre a conta do cliente final. A bandeira verde foi anunciada pelo Governo Federal em abril deste ano.