Macroeconomia


Grupo SBF | Resultado 2T22

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Breno de Paula

Publicado 02/ago3 min de leitura

Vendas sólidas, mas rentabilidade abaixo do esperado

A Companhia divulgou um excelente resultado em vendas, mas sentiu a pressão de custos e SG&A. O Grupo SBF foi capaz de ampliar significativamente a receita através da ampliação de suas avenidas de crescimento, porém os efeitos das pressões inflacionárias em aluguéis e logística foram maiores. No entanto, em nossa visão, a parceria com a Fisia ainda tem muitas sinergias para entregar. A capacidade combinada de marketing e mix de produtos, além do guidance de abertura de novas lojas da Nike têm potencial de consolidar a Companhia como maior ecossistema esportivo do Brasil. Reforçamos nossa recomendação de compra, com preço alvo de R$ 35/ação até o fim de 2022.

No 2T22, a receita líquida do Grupo SBF atingiu R$ 1,46 bi (+31,2% a/a). Na Centauro, o canal digital contribuiu com R$ 205,1 mm (+9,6% a/a), enquanto aslojas físicas totalizaram R$ 583,8 mm (+32,2%). Já a Fisia (distribuidora oficial da Nike no Brasil) consolidou R$ 783,5 mm (+36,3% a/a), com as lojas físicas totalizando R$ 536,6 mm (+15,6% a/a) enquanto o canal digital destacou- se com R$ 246,9 mm (+122,9% a/a). O maior fluxo nas lojas favoreceu as conversões, bem como a reforma de 14 lojas para o modelo G5 e a inauguração de outras 17 lojas novas nos últimos meses. Já o aumento do mix de produtos e ações de marketing, conforme já vinhamos reforçando, demonstrou ser a estratégia acertada para o futuro do ecommerce. A margem bruta consolidada do trimestre foi de 45,8% (-0,4 p.p. a/a), em patamares saudáveis para a operação da Companhia.

O Grupo SBF também reportou R$ 515 mm de despesas operacionais no 2T22, (+40,9% a/a). O aumento das despesas de VG&A se deve às despesas variáveisatreladas ao crescimento do faturamento e da pressão inflacionária em logística e aluguéis. Chama a atenção que no 2T22, as despesas se elevaram acima do crescimento da receita. Assim, o EBITDA consolidado atingiu R$ 154,7 mm no 2T22 (+3,3% a/a) com margem de 10,6% (-2,9 p.p a/a).

No 2T22, a Companhia consumiu R$ 69,9 mm de caixa operacional, impactado majoritariamente pelo consumo de capital de giro. A situação de endividamento, medida pelo múltiplo dívida líquida/ EBTIDA UDM ficou em 0,85x, em ótimo patamar, que já reflete as novas dívidas para financiar o crescimento do Grupo.

Estratégia ESG: Não foram divulgadas iniciativas no release do 2T22.

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