Ânimo contido (parte 2)
Acompanhando os pares externos, o Ibovespa encerrou o último pregão em alta de 1,10% com exterior positivo, promessas de mais estímulos econômicos na China e medidas tributárias nacionais para aumento de arrecadação. Ações da Vale avançaram mais de 3%, ajudando a puxar a bolsa brasileira. Papéis da Minerva despencaram após anunciar compra de 16 ativos da Marfrig, que por sua vez, disparou e foi destaque de alta. Em Wall Street, índices encerraram no azul com relatório JOLTS mostrando redução no número de abertura de novas vagas de emprego e confiança do consumidor recuando em agosto. O dólar fechou o dia em queda de 0,45% enquanto o índice DXY recuou 0,5%. Para hoje, na agenda doméstica teremos IGP-M e CAGED, enquanto lá fora, serão divulgados PIB e relatório ADP nos EUA, além de PMIs na China.
*Estados Unidos*
Sinais negativos entre os futuros de Nova York, ecoando dados de confiança do consumidor e criação de emprego (JOLTS) piores que as previsões. Temos na agenda de hoje a leitura do segundo trimestre do PIB dos EUA e o Relatório ADP (dados de emprego americano no setor privado) que devem orientar as expectativas do mercado sobre a política monetária americana.
*Europa e Ásia*
Na Europa, após uma queda do índice de sentimento econômico da zona do euro, as bolsas operam em baixa. O dado sugere estagnação do PIB no terceiro trimestre e piora nas leituras para serviços, indústria, varejo, construção e na percepção dos consumidores. Há expectativa pela inflação ao consumidor na Alemanha e qual será os próximos passos do Banco Central Europeu (BCE) para o atendimento da meta de inflação de 2% na zona do euro. Já o mercado asiático, prevalece o tom positivo. A leitura no oriente foi a perspectiva de menos aperto monetário nos EUA, com o Fed deixando de precificar novos aumentos de juro este ano e adiantando para maio o cenário de relaxamento monetário. Na China, a perspectiva de mais estímulos econômicos ganha corpo, com relaxamento em restrições a hipotecas, a fim de apoiar o segmento.
*Brasil*
Os mercados devem se ajustas à cautela moderada nos EUA em meio a repercussões do IGP-M, que deve subir após quatro meses de deflação. A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, afirmou que o projeto de orçamento do ano que vem será enviado ao Congresso com previsão de receitas e despesas considerando uma meta zero de déficit em 2024. A expectativa é de uma entrevista na tarde de amanhã para explicar a proposta.
*Abertura*
Na abertura, o índice DXY opera estável, futuros recuam e juros sobem. Petróleo e Minério de ferro operam em alta.
*O que esperar*
O mercado brasileiro deve operar com volatilidade, refletindo sinais mistos, já que o tom é mais negativo nos EUA e Europa, contrastando com perspectivas positivas na Ásia e para o petróleo e minério de ferro.
*Dados de mercado*
- Ibovespa (Fec): +1,10%
- SP500 (Fec): +1,45%
- Dow Jones (Fec): +0,85%
- Nasdaq (Fec): +1,74%
- Nikkei (Fec): +0,33%
- SSEC (Fec): +0,04%
- CSI (Fec): -0,04%
- FTSE (Abe): +0,29%
- DAX (Abe): -0,32%
- CAC (Abe): -0,31%
- Dólar: R$ 4,85
- BTC (Abe): U/S$ 27.409
*Agenda do dia*
- 08:00 | IGP-M
- 09:15 | Relatório ADP (dados de emprego americano no setor privado)
- 09:30 | PIB
- 14:00 | CAGED
- 22:30 | PMIs (Ago)
Ótima quarta-feira!
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