Macroeconomia


3R | Resultado 2T23

Captura de Tela 2023-05-16 às 15.50.16

Rafael Winalda

Publicado 09/ago5 min de leitura

As duas faces de um mesmo resultado.

A coroa: a 3R reportou excelentes números operacionais neste 2T23, mas com expectativas ainda melhores para um futuro breve, o que deve afastar temores quanto aos processos de turnaround de seus campos. Os destaques vão para os números do mês de junho, com avanços substâncias no cluster Potiguar, com a incorporação do ativo, bem como a parte offshore, onde Papa Terra já apresenta significativa produção. A cara:os números financeiros não atingiram nossas expectativas, o EBITDA ficou cerca de 18% abaixo do que esperávamos, com elevação das despesas e custos totais.

Entendemos que ao longo de 2023 a empresa deve apresentar melhoras substanciais, com entregas de resultados financeiros evoluindo consideravelmente, o que nos faz reforçar a recomendação de compra, com preço alvo em R$ 68/ação, visando o final de 2024.

Resultado operacionais. A produção atingiu cerca de 28,4 mil barris dias no 2T23, com incrementos de 167% a/a e 37% t/t. Mas, o destaque refere-se ao mês de junho, onde os números saltaram para 37,8 mil barris dia, sendo a impulsão explicada pela integração do ativo Potiguar ao polo Potiguar, bem como a evolução do ativo Papa Terra, com sua integração ocorrendo ao longo do ano, mas barreiras de eficiência já têm sido vencidas, o que alavancou as entregas. Destacamos também as entregas do Mid & Downstream, onde no início de junho a 3R assumiu a atividades da refinaria Clara Camarão, unidade de processamento de gás, e esperamos que os números da operação já se reflitam ao longo dos próximos resultados.

Resultado Consolidado. O EBITDA ajustado reportado no 2T23 foi de quase R$ 200 mm, 3% a/a e +28% t/t, mas abaixo em 18% de nossas expectativas e 17% do consenso de mercado. A entrega foi afetada em parte pela elevação dos custos totais, com maiores gastos devido à intergeração de ativos que vem ocorrendo, bem como maiores gastos com SG&A e uma elevação dos custos de extração da empresa, atingido cerca de US$ 23,5/barril (+5% t/t), que deve se reverter conforme a produção cresce. Com isto, o lucro líquido da empresa atingiu R$ 79 mm, 2,5x maior a/a e 4,9x maior t/t, bem como 65% acima do nosso concesso, em parte explicado por menores despesas com impostos.


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