Chainlink (LINK)
A Chainlink, lançada em setembro de 2017, conecta dados do mundo real a blockchains com vários provedores independentes, reduzindo erros e evitando pontos únicos de falha. Em termos simples, funciona como uma ponte confiável entre sistemas tradicionais (preços de ativos, resultados esportivos, indicadores, sensores) e contratos executados em blockchains públicas. Blockchains não acessam informações externas por conta própria. Sem uma ponte confiável, um contrato inteligente não sabe o preço do dólar, a data de liquidação de um acordo ou o resultado de um jogo. A Chainlink organiza a coleta e a entrega desses dados com checagens e redundância.
A Chainlink opera redes descentralizadas de oráculos1 (várias empresas e operadores independentes) que consultam diferentes fontes e chegam a um valor consolidado. Em seguida, essa informação é enviada para o contrato inteligente2 na blockchain. Isso reduz o risco de manipulação e melhora a disponibilidade do serviço. Os clientes que adquirem alguns dos produtos Chainlink pagam pelos seus serviços utilizando o token nativo do protocolo, LINK.
Além de “dados”, a Chainlink também oferece computação fora da blockchain para tarefas que não são eficientes dentro dela. O objetivo é permitir contratos híbridos3 : o que precisa ser público e verificável fica na blockchain, e o que exige sigilo, velocidade ou integração corporativa roda do lado de fora e é ancorado com provas.
Nos últimos anos, a Chainlink ampliou o escopo de seus serviços para atender bancos, gestoras e grandes empresas, que desejam operar produtos no mercado cripto mantendo conformidade interna e regulatória. Isso inclui:
• Padrões de integração com APIs 4 corporativas;
• Serviços voltados a conformidade, auditoria e controles de acesso;
• Ferramentas para lidar com ativos do mundo real (RWAs5 ), registrando na blockchain eventos como emissões, liquidações e atualizações de preço.
Na prática, a proposta é ser uma infraestrutura neutra que conecta sistemas bancários e de capitais ao ambiente cripto, com o mesmo cuidado que empresas exigem em disponibilidade, logs e rastreabilidade.
Em 2025, a Chainlink voltou a aumentar sua dominância no setor de oráculos. Após a expansão de 2019–2021 e um período com novos concorrentes, a rede recuperou terreno e hoje concentra cerca de 62,47% do mercado de oráculos. O Valor Total Garantido associado aos seus serviços já ultrapassam os US$ 100 bilhões, sinalizando que a maioria das aplicações financeiras do mercado cripto são asseguradas pelos serviços e tecnologia da Chainlink.
Em paralelo, a empresa ampliou seu posicionamento para além de “oráculo”, se tornando uma espécie de AWS cripto6 , oferecendo serviços para bancos, gestoras e emissores de RWAs, o que eleva custo de troca e incentiva padronização. Em seu modelo econômico atual, a combinação de taxas já soma centenas de milhões de dólares, onde parte delas está sendo destinada para construção de uma reserva para apoiar o desenvolvimento da Chainlink a longo prazo.
Dessa forma, atualmente a Chainlink lidera em seu setor, devido a sua alta qualidade de produtos, ampla distribuição, estando integrada a órgão governamentais relevantes e alta utilização no ambiente DeFi .
A Chainlink é uma infraestrutura central do mercado cripto por resolver, com escala e redundância, o “acesso a dados confiáveis”. A expansão para camadas de conformidade e integração corporativa reposiciona a Chainlink para capturar o crescimento de RWAs e outras aplicações institucionais. A combinação de crescimento do uso, dominância do setor e melhora no tokenomics sustenta a relevância do projeto. Será importante monitorar daqui para frente as métricas de adoção e os sinais que refletem a mudança econômica da Chainlink. Trata-se de um ativo estrutural para o ecossistema cripto, cuja importância tende a crescer com a entrada de grandes empresas e bancos nessa indústria.